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Só uma interferência externa tira a ESA de Santa Maria

Marcelo Martins

A partir de agora, Santa Maria passa a olhar o calendário com a expectativa para o mês de agosto quanto à confirmação de que o município seja o escolhido pelo Exército Brasileiro para instalar a Escola de Sargentos das Armas (ESA). No páreo, também estão as competitivas Ponta Grossa (PR) e Recife (PE). Ambas buscam o investimento bilionário que trará um inegável acréscimo na economia neste momento em que o país luta para superar os efeitos da Covid-19.

Santa Maria está pronta para receber a ESA e cuidar da Família Militar

A pandemia impôs uma retração, sem precedentes, ao Brasil, e os gestores locais - os prefeitos - sabem que um investimento desses seria a "bala de prata" em meio à crise sanitária com reflexos econômicos e sociais que são sentidos por todos. É claro que há aspectos técnicos, operacionais e de logística que estão sendo analisados de forma pormenorizada pelo alto comando do Exército. Até porque, como disse o comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, a escolha será "por 200 anos ou pelo resto da vida". Prudente, a fala do comandante do Exército observa a posição que ocupa, já que não pode sinalizar favoravelmente a nenhum dos envolvidos na disputa. A postura dele é correta e apropriada, como não seria diferente.

FATOR POLÍTICO
Ainda que a decisão, ao que se imagina e se espera, seja técnica e criteriosa, há que ser considerado também que a política se faz presente em tudo. Neste ponto, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), tem um único aliado na disputa que envolve os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco.

Santa Maria à espera do 'sim' da ESA

Ratinho Junior (PSD), à frente do comando do Paraná, é o mais bolsonarista entre os governadores. Filho do apresentador Ratinho, que tem disponibilizado o programa de TV dele no SBT como um "contraponto" às críticas ao governo central, há de ser visto esse aspecto. Já o governador pernambucano, Paulo Câmara (PSB), tem usado frequentemente as redes sociais para criticar Bolsonaro no combate à pandemia.

Ao observar o nosso Estado, Eduardo Leite (PSDB), na condição de quase presidenciável, tem sido combativo aos rumos da União, e, em especial, a Bolsonaro. A agenda do tucano, cada vez mais perceptível em cadeia nacional, evidencia Leite em rota de colisão com Bolsonaro, que buscará a reeleição. Tudo isso terá impacto aqui localmente? Espera-se que não.


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