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Saudade e realidade

Não se trata de um preâmbulo e sim de uma história que poucos recordam e a pergunta, tenho certeza, vai mostrar isso. Antes, mas antes mesmo, onde hoje é, entre outras atividades, o Colégio Cilon Rosa, tínhamos o que naquele local? Não quebrem a cabeça. Ali, estava estabelecida a Quarta Companhia de Manutenção do Exército vinda de Cachoeira do Sul para aquele local desde o término da Segunda Guerra Mundial. Concordam. E antes dessa ocupação militar o que funcionava exatamente ali? Não lembram? Ajudo: era ali naquele local com uma entrada em um belo Pavilhão de Madeira, o nosso Hipódromo (Prado). Nossa Santa Maria teve, sim, um belo e aprazível local para assistir corridas de cavalos, potros e éguas. Se existe algum "deslize" nessa recordação, aceito correções, afinal não sou assim tão idoso, mas sinto minha memória querendo me trair. Aceitem pois!

Deixo essa parte bem ao lugar que ela se encaixa melhor, o ontem. De nada adianta querermos voltar no tempo, ele não volta. Bom ou ruim, ficou para trás, onde é o seu legítimo lugar. Mas, particularmente no meu caso, gosto de seguir a máxima de que "Recordar é viver!" Ainda mais quando depois desse local, por um bom tempo, somente tivemos e tínhamos corridas de cavalos em Canchas Retas e, na maioria das oportunidades, por aqui ou acolá. Obviamente, sem um ponto fixo. Mas os chamados "aficionados" sempre sabiam onde às carreiras iriam acontecer e lá estavam, torcendo e - por ser lícito - apostando. Os encontros nesses locais, normalmente em dias de Domingo ou Feriados preenchiam momentos na vida de muitos. Era, prossigo, chamando de ontem!

Tempos depois, aliás um bom tempo, saudosos turfistas e novos adeptos, muitas vezes em conversas e discussões, principalmente, lá pelo Café Turfista e adjacências, cutucavam-se em ter novamente um local destinado a corridas de cavalos e chamado de Prado ou de Hipódromo que, no caso, são sinônimos. A ideia, para alguns bastante difícil e distante, aumentou em perspectiva, foi tomando corpo e nasceu. Com perdão de muitos, cito, sem seleção, alguns nomes que sempre frequentaram e aprovavam o nosso hipódromo Os irmãos Abelin Jorge, "Sapo" e "Sabonete", Geolar Badke, Paulo Pimenta (pai), Armando (Picolé) Valandro (depois um dos nossos Reitores), Nenê e Nei Miorim, Saul Machiline, Angelino, João e Clarindo Severo, Derli Vargas Dr. Ari Gnçalves, Tuffi Calil e, repito, desculpem os merecedores e não nominados. Mais tarde, o "time" foi aumentando e lembro do Joãozinho, fotógrafo de chegada e de toda a confiança na foto dos ganhadores na pista e o noticiarista (era assim chamado) Ari Vilmar Barroso. Mas, lamentavelmente, um dia e com o tempo, nosso prado/hipódromo, aos poucos, ruiu. Terminou sem dizer adeus! Mas que muitos ainda sentem saudade. Principalmente dos Grandes Prêmios Cidade de Santa Maria.

Terminando, por hoje, esclareço que "alguns", a mim não interessa quem ou quais, andam com boca pequena e em mais sussurros do que voz alta, comentando que estou me "infiltrando" em assuntos a mim não pertencentes e sim à prefeitura. Realmente, não é e nunca foi o meu objetivo. Bem ao contrário, se interpretarem bem o escrito, verão que estou integralmente ao lado da cidade e, óbvio, auxiliando os dirigentes citadinos. Minha consciência está, tanto quanto eu, tranquila. Não é isso. Sou saudosista e penso em tantas coisas/obras e fatos que tornavam nossa cidade mais linda e com atividades mais intensas e aprovadas pelos cidadãos. Vai daí que indago. O que será feito naquele local onde tínhamos corridas de cavalos? Quem sabe, um belo parque para o orgulho de todos nós, santa-marienses? E, por ser triste, nunca deixar acontecer uma invasão! Um abraço a todos!

Texto: Bira Alves
Jornalista

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