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OPINIÃO: Consciência

Mais uma vez a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vem dialogar com a sociedade, em outra oportunidade de extrema importância para as vidas da população, como tem ocorrido durante toda a trajetória da instituição e da República. A OAB sempre fez isso, e sempre fará, diga-se, em corroboração de compromisso público e nunca descumprido.

Desta feita, o dito diálogo tem as matizes da conclamação em função das eleições que estão logo ali, à frente, aguardando pela manifestação de vontade de cada um de nós, pelo voto, que, ao contrário do que muito pensam, não encerra a democracia, mas, é seu momento e faceta mais sublimes.

Vem a advocacia clamar pela responsabilidade no exercício deste momento em que todos se igualam e as escolhas pesam as mesmas libras, e cujos efeitos se perenizam no tempo e na realidade. Pretende a Ordem que haja planejamento no processo de definição em quem votar, em procedimento o mais antecedente possível, sopesadas as alternativas, os nomes, as bandeiras, sem escolhas repentinas ou norteadas pelo ódio, indiferença e, ainda, os mesquinhos e imediatistas anseios de natureza individual.

Voto não tem preço, tem consequências, sempre bradamos e advertimos. Não é tolerável, e, por vezes, nem crível, que imaginemos superação de dificuldades atavicamente enfrentadas e atualmente agravadas em um escopo coletivo no qual mais da metade dos votantes efetivam suas escolhas na fila diante da urna ou, quando muito, nos derradeiros dias antes da data da votação.

Se tudo, do mais frugal e primário, ao mais grave e importante, requer planejamento como a roupa a ser vestida pela manhã, o cardápio da refeição na hora do almoço e tantas outras etapas da existência, como a profissão a ser exercida, como conceber que a escolha dos agentes responsáveis pela condução presente e futura de destinos seja feita assim, de repente, sem mais atenções?

Não há como dar certo o voto irresponsável, ou nulo, ou branco, e nós já sabemos disso e pagamos por tanto no presente que, um dia, foi futuro quando mencionado no passado. Mesmo os equívocos inevitáveis e próprios da condição humana na escolha, em razão também dos exíguos elencos de candidatos, precisam ser mensurados, para que saibamos que dificuldades futuras emergirão desta eleição, proporcionando a preparação de seu enfrentamento que, como vemos hoje, não tarda muito.

O regime democrático homenageia e crê no povo brasileiro mais que ele próprio, no que a OAB o acompanha vendo em cada homem e cada mulher deste País um protagonista soberano de seu destino, ao abrigo do que Constituição Federal rege. Sabe a Ordem, por isso, que protagonismo gera, inevitavelmente, proporcional responsabilidade. Nosso convite é para que ela seja exercida pelo voto consciente.

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