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O tempo passa e a angústia continua. Até quando?

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Estamos ingressando no outono. Estamos convivendo com a pandemia desde fevereiro de 2020. Portanto, saímos de um verão, entramos no outono, passamos pela primavera, pelo verão e, agora, chegamos a outro outono.

Lembro que quando se abateu sobre nós essa peste, em fevereiro, projetávamos o quanto teríamos de conviver com o isolamento social, álcool gel e máscara, novidades entre nós. Tínhamos a esperança de que a crise se prolongaria até meados do ano passado. Julho, talvez começo de agosto. O tempo foi passando e as incertezas sobre tudo se prolongando. Os otimistas projetavam até o final do ano passado. Era o máximo que se poderia suportar.

Lembro que uma das nossas autoridades da saúde, à época, projetou o que chamava de platô para o mês de setembro. A partir disso, haveria o começo do declínio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a afirmar em agosto, que a pandemia no Brasil de Covid-19 atingiu o "platô", ou seja, quando os novos casos chegam a um patamar estável. "O vírus não está dobrando na comunidade como acontecia anteriormente, então o aumento não é exponencial", disse o chefe do setor de emergências da OMS, Michael Ryan. "Existe uma oportunidade agora para o Brasil empurrar a doença para baixo" continuou.

Nada disso aconteceu, bem ao contrário. Durante todo o curso daquele ano, a cada mês, tínhamos a sensação de que aquele teria sido o tempo máximo que suportaríamos. Era muito sacrifício o confinamento doméstico, a economia parada, o comércio, indústria e serviços abrindo e fechando, de tempos em tempos. Não se imaginava pudéssemos suportar mais tempo. Pois vejam só. Completamos um ano, ou melhor, 13 meses e não temos ideia de até quando vamos suportar.

O pior é que cada vez mais a situação se agrava e não se vê perspectiva de um final. Um final que cesse o confinamento doméstico, a falta do abraço e convivência de todos que nos são queridos. É complicado, sabemos. Esse vírus é uma praga. Entretanto, o nosso sacrifício poderia ser amenizado se todos tomássemos consciência dos cuidados a tomar para diminuir a propagação. Porém, ainda não chegamos a um consenso sobre qual providência é mais eficaz.

Estamos divididos em duas possibilidades, uma, seguindo a ciência e o conhecimento científico. Outra, acha que podemos evitar a doença com simpatias, orações, rezas e remédios sem prescrição médica e contraindicados até pelos fabricantes. Estamos sem rumo. Sem lideranças que nos possam indicar o caminho correto e a obediência às regras adequadas para que sejam seguidas por todos.

Chega de cada grupo puxar para o seu lado. Não vamos diminuir o sofrimento e a crise disso decorrente enquanto não convergirmos em um único objetivo. Como estamos agindo, vamos prolongar a crise até que estejamos todos vacinados e que a vacina tenha a eficácia que esperamos. Bem, quando isso for atingido, cuja época ninguém sabe, temos a esperança que encerramos um ciclo.

Se a vacina tiver efeito por mais de um ano seremos mais felizes. Pelo menos, os que sobreviverem. Do contrário, recomeçará tudo de novo se não tomarmos atitudes sérias, como deveriam ser as atitudes de um governo sério.

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