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Fé move montanha

data-filename="retriever" style="width: 100%;">A fé no Criador, na vida, no futuro, no conhecimento e nas pessoas, guia minha vida e me dá esperança da mudança para melhor. Sendo da academia, como Einstein: quanto mais acredito na ciência, mais creio em Deus, porque a ciência sem religião é manca...

Fé é uma palavra pequena, mas contém grande verdade, e a crença inegável, indiscutível em algo ou alguém, mesmo sem prova, porque é um sentimento de confiança e credibilidade, sobretudo a fé em Deus.

Esta fé é relevante porque Deus não é visível, mas representa a certeza das coisas esperadas, e a convicção das que não são vistas [Hebreus 11.1]. Não O vemos, só a fé nos dá segurança. Sem ela, seria impossível a aproximação e a crença na Sua existência e na recompensa, tanto na vida terrena quanto na celestial.

Nossa relação com Deus é similar a outras. Inclui confiança, tempo junto, amor e respeito. Por não conhecermos totalmente o outro, muito menos o Deus infinito, o relacionamento requer fé e confiança em Deus como um Pai amoroso que atende ao filho.

Sou uma mulher de fé. Sei que Deus me cuida, me possibilita aceitá-lo ou rejeitá-lo, ter ou não fé. Não uma fé cega, mas uma escolha baseada na Bíblia, na criação, nas vidas transformadas, nas evidências deixadas por Jesus. A Bíblia afirma que a fé nos salva, enfatiza as virtudes teologais: fé, esperança e amor, mas afirma que fé sem obra é morta, por isso os bons feitos me surpreendem, fortalecem e rejuvenescem minha fé.

Não falo da boa ação fotografada para rede social, de ato em região pobre como inauguração de passarela, creche e rua inacabada, ou almoço e chá beneficente para manter a tradição. Refiro-me à obra silenciosa, anônima, sincera, amorosa, feita na fraternidade social.

Três fatos recentes reforçam esta ideia. O primeiro se refere a uma pessoa que me é muito cara, há dois anos em tratamento oncológico. Nesta via crucis de terríveis experiências e provações, constatei que a fé foi o maior remédio, e que foram a comunhão e a oração que deram a certeza da cura.

O outro foi no Dia dos Pais. Encontrei um amigo que viera conhecer quem recebera o coração de seu filho único morto num acidente de moto. Confidenciou-me que foi à Catedral agradecer por escutar o coração do filho bater noutro peito jovem.

O terceiro foi na minha calçada, surpreendida por um estranho com a pergunta: filha da dona Olga? Confirmei, vi a lágrima rolar e ouvi: ela me deu todo material escolar, uniforme, japona, calçado, me ajudou a me formar! Moro em Floripa. Vim rezar por ela e tentar ver um de vocês para agradecer.

  Estes fatos ratificaram minha fé em Deus, e a crença naqueles que, mesmo partindo, conseguem fazer a diferença na vida dos outros. Por isso são inesquecíveis. Sua saudade é proporcional ao bem feito, ao amor dado, e à fé expressada.

Caro leitor, crês que a fé move montanha?

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