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Cada um por si, é o melhor para todos

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As regras de comportamento social exigida em razão da pandemia da Covid-19 têm gerado desentendimentos em série e em cascata. O entendimento predominante é favorável às restrições de convívio social, mas há, também, os que negam a necessidade de qualquer cuidado especial. Há tantas opiniões diferentes e conflitantes que ficamos atônitos e confusos.

O problema é dos governos, mas não só dos governos, também é das pessoas. Sem conscientização pessoal das necessidades sanitárias que o momento exige, não haverá decreto que faça cumprir as determinações de maneira satisfatória, sempre haverá a burla.

Quando  cada um cumprir com as regras sanitárias e exigir que o outro também o faça, estaremos próximos da solução, independente de governos.

A algaravia de opiniões e orientações governamentais (em especial do governo federal), colaboram para a falta de conscientização. O Ministério da Saúde, que deveria se manter coerente com a medicina e as regras sanitárias recomendadas, foi desmontado, desacreditado e hoje está sem ministro titular e mostra mais preocupação em minimizar a pandemia, abdicando de coordenar o enfrentamento da Covid-19, preferindo confrontar governadores e prefeitos que agem segundo as normas seguidas mundialmente.

A cultura do jeitinho é outro fator prejudicial. Sempre há os "espertos" dispostos a dar um drible nas restrições.

Já é tempo de cada um assumir sua responsabilidade e esquecer as diatribes irresponsáveis de quem diz "quem manda sou eu". Cada cidadão assumindo compromisso com sua própria vida, evitando ao máximo as formas de contaminação, além de ser solidário para não ser um agente de transmissão, é o único caminho para sairmos desta epidemia histórica.

Não se trata de fazer escolha entre as recomendações sanitárias e as necessidades econômicas, mas compatibilizar ambos os vetores, pois não se ignora que há pessoas que simplesmente não podem ficar em casa. Não podem ficar em casa todos que desempenham atividades consideradas essenciais, além daqueles que, se ficarem em casa, não conseguem ter comida na mesa e, assim como os que moram em sub habitações onde um espaço mínimo é partilhado por muitas pessoas.

Falar em isolamento social absoluto no Brasil, país continental e socialmente desigual, ignorando as impossibilidades intransponíveis é utópico. Por outro lado, dizer ser a favor da economia e que se deve liberar geral é abrir as portas para uma onda de mortalidade sem dimensões.

Acredito que é possível uma solução intermediária, conscientizando todos de não participar de aglomerações, usar máscaras corretamente, praticar hábitos de higiene pessoal e ambiental. Isto não irá colocar fim à pandemia, mas permitirá que possamos conviver com ela com riscos reduzidos e aceitáveis.

Se cada um cuidar de si, estará cuidando de todos.

Esta é apenas mais uma opinião.


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