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A omissão também é uma ação

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Desde o lavar das mãos de Pilatos, temos a clareza e as consequências da omissão. O momento pede ação, não omissão. Mais errado do que agir e o resultado não ser o que se esperava é não agir, não se comprometer. Há uma frase de Martin Luther King Jr. que diz "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons". No nosso contexto, a ausência nas urnas, mesmo com toda a pandemia, mostra esta omissão. Nos Estados Unidos vimos um povo em movimento, posicionando-se apesar da ameaça da COVID-19.

Nossa Constituição, no Capítulo IV, dos Direitos Políticos, em seu artigo 14 prevê que "A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei". É chegada a hora para todos nós, eleitores santa-marienses, fazer nossa reflexão e exercer a cidadania e os direitos políticos. O voto é mais que um dever, ele é um direito constitucional que permite interferir - por meio dos representantes eleitos - em temas com impacto direto sobre a vida da população. Não devemos deixar que outros decidam por nós. Nossas opiniões precisam ser respeitadas no jogo político, contribuindo para o fortalecimento e a consolidação da democracia.

Temos, em Santa Maria, dois bons candidatos. Vamos às urnas escolher, não vamos nos omitir. Vamos fazer nossa escolha baseada na ética e em nossas convicções pessoais, nossas crenças e as construções de cada um. Só não vamos deixar de escolher, não vamos simplesmente lavar as mãos.

O bom do jogo político e as possibilidades que ele proporciona são frutos das escolhas da população, nem sempre as melhores; algumas vezes nos levam a momentos históricos desesperadores, mas o não escolher tira certamente toda a possibilidade de qualquer tipo de construção. Vocês podem me falar das alianças locais, da falta de critérios, da postura dos políticos, da nova e da velha política, do preparo ou do despreparo, da falta de opção. Escuto todos os tipos de argumentos possíveis e imaginários, e eu tenho as minhas próprias convicções éticas, e de respeito ao meu nome e a compromissos assumidos. Porém, de tudo que vejo, a única coisa que me faz realmente lamentar é a omissão. O dever e o direito ao voto devem ser exercidos; vamos comparecer às urnas e fazer a nossa opção.

Temos dois candidatos honestos. Vamos olhar as parcerias deles (principalmente a nível local), com quem estão, e o mais importante, por que estão. O momento é de pensar em Santa Maria, suas necessidades, seu futuro, suas construções. Para concluir o que penso a respeito da importância do voto, volto a Martin Luther King Jr.: "Nossas vidas começam a acabar no dia em que nos calamos sobre as coisas que importam." Santa Maria importa para mim. Santa Maria importa para você? Vamos às urnas.

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