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A falta de tempo é desculpa...

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"A falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de método", Albert Einstein. Essa frase me fez pensar sobre a necessidade de priorizar os momentos de lazer. Pois é, efetivamente, existe um povo que vive a vida de forma mais organizada e, como consequência, mais feliz, sem, contudo, deixar de ser responsável. Ao contrário do que poderíamos pensar, por serem extremamente organizados é que dão a importância devida e sabem aproveitar os momentos de lazer. Refiro-me àqueles que vivem no país mundialmente conhecido pela excelente qualidade de vida e por ser a capital da paz.

Para os suíços, o descanso é considerado algo fundamental e é levado muito a sério. Segundo eles, no planejamento diário, o trabalho e o lazer estão no mesmo patamar de importância. Em média, um suíço trabalha 41 horas semanais e fazer horas-extras é impensável, pois se as coisas funcionam perfeitamente não tem, por óbvio, lugar para imprevistos ou improviso. É muito bom conhecer um lugar onde tudo funciona perfeitamente, além de possuir paisagens deslumbrantes. Por isso, as cidades suíças estão em todas as listas positivas feitas pelas organizações mundiais, como as mais lindas, as mais limpas, as mais seguras, as com maiores salários. Ou seja, as cidades perfeitas para morar e criar os filhos. 

Dá para entender por que vários artistas escolheram a Suíça como lar, como ocorreu com Charles Chaplin em Vevey, Einstein em Zurique, ou como um local para descansar, como ocorreu com a imperatriz da Áustria, Sissi, que passava suas férias em Genebra, às margens do lago Leman ou, ainda, como o local para viver seus últimos meses de vida, como ocorreu com Freddie Mercury, que, em Montreux, gravou suas últimas músicas para o último disco da banda Queen, cujo título é, sem dúvida, uma homenagem ao local: Made in Heaven. 

Não há como não se encantar com as paisagens do país. Estar numa cidade perto dos Alpes é como se transportar para um livro de contos de fada. As montanhas muito altas, cobertas pela neve muito branca, parecendo um bolo com açúcar, sob um céu azul anil. Ao pé das montanhas, um bosque com árvores que vão do verde ao vermelho, passando por todos os tons de amarelo até o marrom, contornado por um rio que desagua num lago com águas transparentes. No lago, passeiam, em câmera lenta, esplendorosos cisnes brancos. Suas margens enfeitadas com flores e bancos coloridos, onde as pessoas descansam com seus cães da raça São Bernardo. Passando por uma ponte, chega-se à cidadela com ruas estreitas, decoradas com lampiões, com casas estilo medieval, todas com flores na janela. Olho para o objeto que está na minha mão e percebo que não estou em um conto de fadas. No meu celular aparece novembro de 2019. Olho ao redor e vejo que tudo é real e para comprovar, por detrás dos morros com neve, aparece a lua, que ainda não está completamente cheia, mas mesmo assim muito bela. Então, por alguns instantes tenho a certeza: os contos de fadas existem.

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