data-filename="retriever" style="width: 100%;">
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Husm (Divulgação)
Com a chegada dos equipamentos necessários para a implantação dos 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) voltados exclusivamente ao combate do novo coronavírus, na última quinta-feira, a cidade passa a contar com os primeiros leitos via Sistema Único de Saúde (SUS).
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Na manhã desta segunda-feira, a gerente de Atenção à Saúde do hospital, Soeli Guerra, informou que os leitos já estão aptos a receber pacientes para o tratamento da Covid-19.
Os leitos haviam sido anunciados pelo Estado ainda no dia 17 de março, mas a entrega dos kits, de responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES), atrasou.
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Um dos leitos está sendo utilizado por um paciente que está internado com a suspeita da doença, conforme apontou o boletim epidemiológico da prefeitura do último dia 3. Segundo a instituição, o paciente - cuja idade e sexo não foram informados - está entubado e faz uso de ventilação mecânica (respirador).
Como o Husm será destinado apenas para casos graves da Covid-19, não internará pacientes em leitos clínicos - utilizados para casos mais leves.
SITUAÇÃO NA CIDADE
Além desses 10 leitos de UTI via SUS voltados à internação de pacientes em tratamento pela Covid-19, o Hospital Alcides Brum, anexo ao Hospital de Caridade, está atendendo, desde o dia 23 de março, exclusivamente pacientes possivelmente afetados pelo vírus.
O hospital da rede privada disponibilizou 45 leitos individuais, sendo que, desses, 22 podem ser transformados em quartos duplos para comportar 44 pacientes. O CTI tem 10 leitos, todos equipados com respiradores, com a possibilidade de ampliação, em caso de emergência, para outras 15 camas dentro do bloco cirúrgico, também equipados com respiradores.
O Hospital Geral da Unimed, que atende por convênio, desde o dia 16 de março disponibilizou 30 leitos hospitalares para encarar a pandemia. O Hospital São Francisco de Assis, que atende convênios e particulares, está se organizando para ser um hospital de atendimentos referenciados a casos de não Covid-19 da rede privada ou pública. A instituição disponibilizou 10 leitos de UTI para serem utilizados caso haja necessidade de desafogar as estruturas de hospitais de maior complexidade e que são referência para a Covid-19.
Além disso, na semana passada a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) - responsável por administrar o Husm - liberou em caráter emergencial o recurso necessário para a retomada da obra da Central de UTIs, parada desde junho de 2018. A expectativa é que a obra - que está com 70% pronta - seja concluída em até quatro meses.
A ideia é que, em até 60 dias após a retomada dos trabalhos, parte da estrutura possa ser liberada para acolher os 10 leitos de UTI do Husm voltados à Covid-19 e, assim, solicitar a liberação de mais leitos ao Estado. A obra, uma vez concluída, fará com que o Husm passe dos atuais 45 leitos de UTI para quase 90 leitos.
HOSPITAL REGIONAL
Depois que o governo do Estado e a prefeitura de Santa Maria anunciaram que o Hospital Regional terá 40 leitos clínicos até o começo de maio e, posteriormente, mais 10 de UTI, os esforços são para viabilizar a estrutura necessária para deixar o complexo em funcionamento ainda no fim deste mês. No cronograma fixado entre o Piratini e o Executivo municipal ficou pactuado que, agora ainda em abril, serão abertos 20 leitos clínicos. A outra metade seria concluída no início do próximo mês. O prazo observa o fato de as autoridades de saúde do governo federal - principalmente o Ministério da Saúde - alertarem que o pico da Covid-19 no país se dê em 30 a 40 dias. Assim, ainda no começo deste mês, foi dado início à corrida para reunir todas as condições técnicas, como a colocação de equipamentos, dentro do complexo de de 20 mil m² de área construída.
No momento, são, ao menos, duas frentes de trabalho em execução: as adequações na estrutura, que tem algumas avarias e que está sendo consertada (o Estado viabilizou R$ 7,2 milhões para isso) e, ainda, a instalação de 48 aparelhos de ar-condicionado, material, aliás, estimado em R$ 90,9 mil e que foi doado pela Receita Federal de Santa Maria. Já a instalação está sendo feita, sem custo, pelo Sindicato da Construção Civil (Sinduscon).
Dentro do cronograma traçado pelos governos estadual e municipal, a ideia é viabilizar, primeiramente, os 40 leitos clínicos. Após concluída, esta etapa, o passo seguinte é colocar o Hospital Regional dentro do Plano de Ação e Contingência - que define as ações estratégicas de combate à Covid-19 - e, assim, viabilizar mais 10 leitos de UTI.
APOIO
Desde o fim do mês passado, o chamado comitê estratégico - formado por outras instituições - passou a dar apoio para colocar o Regional em funcionamento. Assim, o Ministério Público do Trabalho (MP do Trabalho) comprometeu-se em ajudar com a aquisição de EPIs e de insumos de testes laboratoriais (que atestam a presença da doença). Já a Justiça Federal disponibilizará recursos provenientes (de cobranças de penas) - e que ficam em um fundo voltado a dar apoio a instituições e causas assistenciais - para a compra de mobiliário e de lençóis, travesseiros e cobertores a serem usados nos leitos.