Placar folgado da PEC do plebiscito deve se repetir

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Como já era previsível, o governo Eduardo Leite (PSDB) conseguiu aprovar com folga, na noite de segunda-feira, na Assembleia Legislativa, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira a exigência de plebiscito para a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Sulgás e da Companhia Riograndense de Mineração. O Piratini precisava de 33 votos, mas atingiu uma margem folgada: 40 pela derrubada da consulta e 13 a favor.

Com protestos nas galerias e fora do prédio do Palácio Farroupilha, o governo Leite mostrou solidez da sua base e ainda teve dois votos do Novo. De filosofia liberal, Fábio Ostermann e o santa-mariense Giuseppe votaram por convicção pela derrubada do plebiscito.

O deputado do Coração do Rio Grande defendeu, inclusive, sua posição na tribuna e criticou o discurso da esquerda, que, conforme ele, "é mestre em distorcer e subverter tudo que está sendo discutido para sua própria vontade."

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O outro deputado da cidade, Valdeci Oliveira (PT), votou pela realização da consulta à população, porém, sem voz devido a uma faringite, não conseguiu defender na tribuna seu posicionamento. Em virtude do problema, cancelou entrevistas agendadas para ontem. Como e PEC, terá de ser votada em segundo turno no dia 7 de maio e com certeza terá placar semelhante a favor do Piratini, já que é mais uma formalidade dos trâmites.

Depois da PEC do plebiscito, o governo terá de enviar projetos individuais para a venda de estatal, mas, talvez, não terá tamanha facilidade. E mais tarde, ainda este ano, o Piratini mandará propostas mexendo em plano de carreira e direitos dos servidores, quando a missão do Executivo deverá ser mais espinhosa.

A VOTAÇÃO

A favor do plebiscito