na justiça

MPF entra com ação contra major do Exército por morte de sepeense no Araguaia

Jaqueline Silveira


Foto: Reprodução
Em São Sepé, familiares construíram um túmulo na esperança de um dia o corpo de Cilon ser encontrado

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação na Justiça Federal de Marabá, Pará, contra o major da reserva do Exército Sebastião Curió, responsabilizando-o pelos assassinatos, tortura e ocultação de cadáver de Cilon da Cunha Brum, de São Sepé, e de Antônio Teodoro de Castro. Curió comandou a repressão à Guerrilha do Araguaia, no sudeste do Estado do Pará, que resultou em centenas de camponeses torturados e dezenas de guerrilheiros mortos. Conforme o MPF, o major teria matado Cilon e Castro junto "com outros membros das Forças Armadas que ainda não foram identificados."

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Em São Sepé, familiares construíram um túmulo na esperança de um dia o corpo de Cilon ser encontrado, o que não aconteceu até hoje. Em nota, a família frisou que a denúncia feita pelo Ministério Público Federal renova as esperanças depositadas na Justiça brasileira e que "as práticas" relatadas na ação não podem ser esquecidas ou apagadas. "Os familiares de Cilon Cunha Brum garantem que os crimes são insuperáveis em suas memórias, mesmo para as gerações mais novas. Passados mais de 45 anos, ainda se chora diante de um túmulo vazio, tendo sido tímidos e pífios os esforços do Estado para localizar os restos mortais de seu ente querido e possibilitar, ao menos, a realização de cerimônia fúnebre, conferindo-lhe sepultura digna", diz um trecho da nota assinada pelo jornalista Lino Brum Filho, irmão de Cilon, e pela advogada Rossana Brum Leques, sobrinha-neta do sepeense. 

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