Política

"É grave, o Estado brasileiro foi capturado por interesses particulares de um grupo político", diz Pimenta em entrevista ao Roda Viva

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, o santa-mariense, que é ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência no governo Lula, Paulo Pimenta, comentou o episódio recente de que políticos, jornalistas e autoridades, como integrantes do STF, foram alvo de espionagem pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.

- É muito grave, a gente cada vez descobre a maneira como o Estado brasileiro foi capturado, foi apropriado por interesses particulares de um grupo político que não tinha limites. O esforço para controlar as instituições, submeter o país a um ambiente de dúvida sobre o nosso futuro é algo assustador. É de se dar conta do que o Brasil se livrou, do que o Brasil se salvou. Esse episódio diz respeito a uma investigação da Polícia Federal sobre a Abin, episódio que ocorreu no governo anterior. Muitos desses órgãos, que são carreiras de Estado, servidores  vêm de um governo e ficam para o outro e, por algum motivo, essas condutas desses servidores não foram identificadas. Certamente, se tivessem sido identificadas, não teriam feito parte do nosso governo. A Abin colaborou com a investigação da Polícia Federal. Ainda não se sabe o tamanho dessa investigação. Hoje, já surgiram notícias de que outras polícias de outros Estados teriam usado, de forma ilegal, essas tecnologias (de monitoramento de celulares de autoridades e outras pessoas). E se por ventura existe alguma brecha na legislação de que isso possa acontecer, temos de corrigir. Existe uma maturidade hoje no país de que isso não pode acontecer - disse Pimenta.

Questionado se o governo aposentou esse programa de espionagem de autoridades, opositores e jornalistas, ele afirmou:

- Com certeza. Jamais houve qualquer política de intimidação por parte do nosso governo. Temos absoluto respeito pela oposição, pela imprensa, pela Suprema Corte, mesmo nos momentos em que nossos líderes foram objetos de investigação muito sérias, jamais foram alvo de intimidação por nosso governo. Essa é uma prática que nós refutamos e vamos tomar medidas para que jamais possa acontecer novamente - disse Pimenta.

Sobre a guerra entre Israel e o grupo Hamas, Pimenta disse que condenou os ataques do Hamas desde o primeiro dia. Quanto ao documento assinado por ele e outros petistas a favor dos palestinos em 2021, Pimenta disse que o fato foi retirado de contexto e que o apoio era para ajuda humanitária e de vacinas aos palestinos durante a pandemia de Covid-19.

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