Você conhece os furries? Brincadeiras e muita fofura marcam evento da comunidade em Santa Maria


Fotos: Mirella Joels (Diário)
Fotos: Mirella Joels (Diário)

Nem o calor de 23ºC impediu que a comunidade furry se reunisse na tarde deste sábado de sol em Santa Maria. Com roupas peludas e muita animação, cerca de 20 pessoas estiveram desde às 14h no auditório do Hotel Dom Rafael Business para celebrar a segunda edição do evento FurSMeetinho. Jogos como Uno, Twister, Just Dance e quizzes divertiram o início da tarde dos furries.

A host e idealizadora do evento é a Prisma
, uma figura colorida e animada, que gosta de seres antropomórficos desde criança. Ela recorda que a primeira vez que se encantou por bichinhos que falavam foi assistindo ao filme Rei Leão, um dos maiores clássicos da Disney. Prisma só soube que essa paixão tinha um nome aos 15 anos, quando começou a entrar em grupos da internet e escrever fanfics (histórias fictícias feitas por fãs) nos grupos de Rei Leão. Desde então, ela começou a pesquisar mais e se inserir na "subcultura" dos furries, inclusive, na parte de eventos. Ela foi para São Paulo conhecer a FurFest e trouxe uma proposta parecida para a cidade de Santa Maria:

– A comunidade me trouxe muita coisa boa, eu conheci muita gente pela internet e depois pessoalmente. Ver os nossos amigos online pessoalmente e conversar é muito bom e divertido! Por enquanto eu só tenho um fursuit (fantasia), que é a Prisma. Fiz a primeira versão da roupa em 2015 e essa já é minha terceira versão dela.







E não são apenas as próprias fursuits que a Prisma faz. Ela também tem clientes, inclusive fora do Brasil, que encomendam fantasias personalizadas para ela. Conforme a confeccionadora de roupas de furries, ela chega a trabalhar durante cerca de 1 ano para entregar 5 a 6 trajes completos, com cabeça, corpo, mãos, rabo e acessórios. Nesse processo de trabalhar na área, Prisma materializou Dapple, o fursuit de Marcelo Henrique Polheim, 30 anos, que já foi na Furfest em São Paulo e veio diretamente de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, para o evento em Santa Maria:

– Eu estou amando. A Prisma faz esses eventos maravilhosos e vale muito a pena vir mesmo. O pessoal é super amistoso – comenta.

Cultura Furry para leigos

O termo em inglês “furry” surgiu em 1980 e não tem tradução exata, mas pode ser relacionado a “peludos” ou “pelúcia”. Os furries são uma comunidade de pessoas que possuem os mesmos interesses, como os otakus, por exemplo, que são fãs de animes e mangás japoneses. Porém, os furries são apreciadores da arte e cultura antropomórfica, ou seja, de animais com características humanas, como os animais falantes dos desenhos animados. A furry Prisma ainda complementa:

– É um conjunto de pessoas que gosta muito da mesma coisa, gosta de se juntar, se divertir, dar risada e fazer amizade. Não criem uma imagem negativa da gente. Só queremos ser feliz com as nossas roupas, nossos amigos, jogar joguinhos e viver um pouquinho de ser criança enquanto adulto, sabe? – finaliza.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Domingo de Ramos: dezenas de fiéis celebram o início da Semana Santa na cidade

Seminário do Comitê pelo Meio Ambiente debate a crise hídrica nesta sexta-feira Próximo

Seminário do Comitê pelo Meio Ambiente debate a crise hídrica nesta sexta-feira

Geral