Estiagem

Santa Maria enfrenta problemas com a seca e grupo de trabalho opera com medidas de precaução

Mais uma vez, Santa Maria enfrenta problemas com a seca. Um grupo de trabalho composto por Defesa Civil de Santa Maria, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Vigiagua, Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Poder Executivo operam para diminuir as consequências da seca no município. Em entrevista ao Bom dia, Cidade! o chefe de Gabinete do prefeito, Alexandre Lima, explica as ações. 

Para apontar os principais problemas e poder encaminhar ações práticas em curto, médio e longo prazo, o chefe de gabinete explica que a partir das dificuldades enfrentadas nos últimos três anos já se preparam com medidas permanentes: 

-Sabemos que vamos ter estas e outras estiagens, então não podemos ser pegos desprevenidos. A ideia é mudar a cultura e a utilização racional da água de cada um, além de reservar água para os períodos de pouca chuva. 

Segundo Lima, até agora, foram 6,3 milhões de litros entregues para a população com uso doméstico, na agricultura e para animais.  

-Foram construídos também bebedouros e microaçudes, assim como fizemos entregas de 4 mil cestas básicas para famílias, com ajuda do governo de Estado.

Sancionada em outubro de 2022 pelo Poder Executivo, a Lei Ordinária Nº 6689/2022, que criou o Programa Municipal de Irrigação e Reserva de Água, já ajudou a escavar mais de 16 açudes como uma das soluções permanentes. Como conta o chefe de gabinete, tal ação auxilia os produtores, que acabam utilizando os açudes para a criação de peixes e por consequência também para comercializar. 

Durante esta semana, a equipe vistoriou 110 pontos com dificuldade de entrega de água no município. Na próxima terça-feira, em reunião, serão priorizados estes locais com antecipação de água pela Corsan. 

Até a quinta-feira passada (1º), a barragem do DNOS, no Bairro Campestre do Menino Deus, estava um metro abaixo do nível normal, que é de 12 metros. Já a barragem Rodolfo Costa e Silva, a maior e fica no limite entre Itaara e São Martinho da Serra, está com cerca de 26 metros, isto é, com 1,2 metro abaixo da sua normalidade.

Ações práticas da Defesa Civil

Curto prazo

  • Necessidade de outro caminhão baú para o abastecimento de água;
  • Implementação do Sistema de Monitoramento de Alerta (SMARC) da Climatempo;
  • Ocupação de uma cadeira no Ciosp pela Defesa Civil para monitorar e alertar as mudanças climáticas e sistema de Monitoramento e Alerta do clima em Santa Maria;
  • Busca de emendas impositivas para os vereadores no combate à estiagem;
  • Reativação do grupo de instituições de monitoramento e combate à estiagem;
  • Programa Irriga SM (em andamento); 
  • Atualização de Boletim Meteorologia da UFSM;
  • Solicitação de apoio de caminhão pipa do Exército Brasileiro;
  • Preparar o pagamento da segunda parcela do Auxílio de Amparo à Agricultura Familiar, se necessário;
  • Apoio da viatura para entrega de água;
  • Retomada da Campanha de Conscientização do uso racional da água pelos munícipes;
  • Compra emergencial de mais reservatórios de água para uso no interior.

Médio prazo:

  • Contratação de estagiários de meteorologia para auxiliar na interpretação dos sistemas de monitoramento e alerta climáticos; 
  • Verificação da possibilidade de expansão de rede de água da Corsan em alguma localidade a ser definida pelo Grupo de Trabalho. 

Longo prazo:

  • Instalação de poços artesianos (3) do Programa Avançar RS;
  • Instalação de calhas para a captação de água da chuva nos pontos (famílias) rurais que mais necessitam;
  • Criação de um site de controle climático para a população de Santa Maria, semelhante ao ALERTABLU (Blumenau-SC);
  • Equipe técnica (Meteorologista) e Sala de Observação para controle e monitoramento climático no Município.
  • Aquisição de tanques para entrega de água potável para enfrentamento da estiagem.

Curto prazo: até 1 mês

Médio prazo: de 1 a 3 meses

Longo prazo: de 3 a 6 meses

QUANTIDADE DE ÁGUA DISTRIBUÍDA EM 2022: 

  • De 1º a 31 de janeiro: 969.220 mil litros
  • De 1º a 28 de fevereiro: 1.226.350 mil litros
  • De 1º a 31 de março: 692.500 mil litros
  • – De 1° a 30 de abril: 462.600 mil litros
  • – De 1° a 31 de maio: 605.000 mil litros
  • – De 1° a 30 de junho: 513.000 mil litros
  • – De 1° a 31 de julho: 379.000 mil litros
  • – De 1° a 31 de agosto: 280.500 mil litros
  • – De 1° a 30 de setembro: 287.500 mil litros
  • – De 1° a 30 de outubro: 454.100 mil litros
  • – De 1° a 30 de novembro: 447.000 mil litros
  • – Total nos onze primeiros meses do ano: 6.316.770‬ milhões de litros

Fonte: Defesa Civil do Município


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Letícia Klusener

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