Estiagem

Falta de chuva já causa prejuízo de produtores na região de Tupanciretã

. Desde o ano passado, o município sofre com a estiagem e nesta sexta-feira foi publicado decreto de situação de emergência. Para reverter a situação algumas medidas têm sido tomadas desde o ano passado. É o que explicou para o Bom dia, Cidade! da Rádio CDN o prefeito de Tupanciretã e também médico veterinário e produtor rural Gustavo Herter Terra.

A falta de chuva é um problema que todas as cidades do Rio Grande do Sul têm enfrentado. O Governo do Estado assumiu o compromisso de enfrentar a escassez hídrica, em parceria com a Defesa Civil. As construções e reformas de microaçudes já estão em execução, e, a médio prazo, está sendo planejado um estudo para avaliar a capacidade das bacias hidrográficas. De agosto a setembro de 2022, no município, a expectativa era de 720 milímetros e choveu apenas 304, explica Terra.

Para amenizar a situação, o governo do Estado do Rio Grande do Sul contemplou no ano de 2021 o município com 12 açudes, bem como outros municípios que também haviam decretado situação de emergência. Outros 400 açudes foram feitos com recursos próprios da prefeitura. Outro problema enfrentado por Tupãn é a busca por silagem em cidades distantes, tendo em vista que, por conta da seca, o município não está conseguindo dar conta da produção:

– Temos cerca de 2 mil hectares de milho sequeiro, sendo 500 para produção de silagem. Desses 2 mil, acredito que já temos 70% de perda. 

Tupanciretã é o maior produtor de soja do Estado e já está em época de produção, os produtores devem se preparar para replantagem de alguns hectares. Dos 149 mil hectares, somente 80% foram plantados e estima-se que 10% destes precisarão ser replantados. Com o custo da semente alto, a disponibilidade baixa pela qualidade ruim da semente por causa da seca do ano passado, a situação é preocupante. Do retorno financeiro da colheita do ano passado, a expectativa era 9 milhões de sacas de soja, o que veio foi apenas 3 milhões:

– O produtor está pagando caro para não colher – comenta o prefeito. 

Para regularizar a situação é necessário pelo menos 300 milímetros de chuva e com mais frequência.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

imagem Letícia Klusener

POR

Letícia Klusener

[email protected]

Anterior

Santa Maria enfrenta problemas com a seca e grupo de trabalho opera com medidas de precaução

Quatro ficam feridos em acidente em viaduto da BR-158 em Santa Maria; duas pessoas estão em estado grave Próximo

Quatro ficam feridos em acidente em viaduto da BR-158 em Santa Maria; duas pessoas estão em estado grave

Geral