Conforme os moradores mais antigos, a Rua Jovelino Lima, na Vila Pérsio Reis, no bairro Itararé, não recebe reparos há, pelo menos, 15 anos. Consertos "só da Corsan, quando um cano estoura", e ainda assim, deixam marcas na via de chão batido. Mas décadas de negligência cobraram um preço alto para as cerca de 20 famílias que moram no trecho de cerca de 400 metros: a via se tornou intransitável.
A água que desce do cerro criou valetas fundas no meio da rua. A passagem de veículos se tornou uma aventura, a ponto de o caminhão do lixo parar de subir a rua.
Os moradores dizem ter protocolado vários pedidos de reparos e até abaixo-assinados junto à prefeitura. Cansados de esperar por resposta, decidiram agir.
No dia 2, fizemos uma reunião e decidimos juntar dinheiro e fazer a reforma. Cada família contribuiu com o que pode, mas conseguimos juntar uns R$ 2 mil. Compramos seis cargas de terra e pedras e locamos uma retroescavadora conta o vendedor Alvarez Müller, 43 anos.
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No sábado, a vizinhança, munida de enxadas e picaretas, ajudou no trabalho de compactação da terra e das pedras espalhadas pela máquina. E a chuva forte da madrugada de domingo pôs a prova a qualidade do serviço.
Ficou firme. Agora, os carros podem passar comemora.
Ontem, o "Diário" tentou contato com o secretário de Infraestrutura, Obras e Serviços, Tubias Calil, e com o adjunto da pasta, Alexandre Brasil, para saber da possibilidade de o município promover alguma melhoria no trecho. Eles não atenderam às ligações. Os moradores da Jovelino Lima já planejam fazer novas obras de melhoria, como a colocação de meios-fios.
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