Foto: MP-RS (Divulgação)
O réu Leones Albaces Oliveira Dal’Osto, 60 anos, acusado de matar a tiros o servidor público Gustavo Medeiros, 28, o Guga, foi condenado nesta quarta-feira (27) a 19 anos e três meses de prisão em regime fechado por homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime aconteceu no início da tarde de 20 de abril de 2022 dentro da Secretaria de Turismo do município.
O júri popular foi realizado no Fórum de Jaguari, com início às 9h. O julgamento e se encerrou por volta das 17h45min, quando a juíza Mariana de Magalhães Trindade leu a sentença.
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De acordo com o Ministério Público (MP), Dal’Osto atirou na vítima pelas costas, sem nenhuma possibilidade de reação. O motivação seriam desavenças profissionais, já que ambos atuavam no ramo imobiliário em Jaguari. A denúncia do MP, feita em maio de 2022, apontava que o acusado estaria insatisfeito com a venda de um imóvel, realizada pela imobiliária onde Gustavo trabalhava, concorrente com a do réu.
Segundo o site NP Expresso de Santiago, que acompanhou o júri, a defesa admitiu a culpa do réu, mas alegou que Dal'Osto "agiu por impulso, motivado pelas inúmeras vezes em que foi chamado de ‘cotoco’ ou sem braço". "Leones Dal'Osto é uma pessoa dedicada à família, que não abria mão de cuidar de sua mãe doente, e não mereceria ser condenado por motivo torpe", alegou a defesa, que era formada por cinco advogados.
O réu, que é militar da reserva, estava preso no 19° Grupo de Artilharia de Campanha, em Santiago. Após o júri, ele seguirá preso no mesmo local. Cabe recurso da sentença.