Anny Gundel Desconzi: um bom desafio

Anny Gundel DesconziProcuradora do município

Tudo começou no inverno extremamente gelado de 1983, em Saskatoon, no Canadá, quando o prefeito da cidade, Clifford Wright, sugeriu que todos fossem caminhar. A ideia era fazer com que as pessoas se aquecessem enquanto se mexiam. Estava criada a essência do Dia do Desafio. Em 1990, a Association For International Sport for All assumiu a gestão do evento, que começou a ganhar ainda mais força e adeptos. Em 1995, foi a vez do Sesc São Paulo passar a coordenar, primeiramente, as atividades da campanha no Brasil, depois, na América Latina e, posteriormente, em todo o continente americano. Hoje, conta com o apoio da Unesco.

A data, mundialmente, conhecida como a maior campanha de incentivo à prática regular de atividades físicas, é comemorada, anualmente, na última quarta-feira do mês de maio. Neste ano, o tema é o “Desafio da Inclusão”. As atividades estarão voltadas para a retomada das reuniões presenciais para a prática esportiva e, também, para o exercício de se colocar no lugar do outro. Segundo os organizadores, é uma oportunidade para refletirmos sobre as experiências sem precedentes que vivemos nos últimos dois anos em decorrência da pandemia.

A coordenadora do Dia do Desafio no continente americano, Carolina Seixas, ao falar sobre o evento disse: “A motivação para a realização do Dia do Desafio 2022 pode ser comparada com o regresso ao lar.” Após longa temporada sem o convívio social e com a limitação das atividades físicas coletivas, poder voltar a ocupar endereços coletivos para o desenvolvimento de atividade física, é uma sensação, sem dúvida, muito gratificante.

Agregado a isso, o dia chama a atenção para a necessidade de cada vez mais buscarmos a inclusão das pessoas com deficiência, além de adotarmos comportamentos que demonstrem empatia nas nossas relações, superando as barreiras do egoísmo e do preconceito. Observar a realidade a partir de outros pontos de vista possibilita a ampliação de nosso olhar e o enriquecimento de nossa experiência no mundo. Como consequência, melhoramos nossa comunicação interpessoal, diminuímos os conflitos e contribuímos para a construção de relações mais saudáveis.

Eventos que incentivem a empatia, devem ser destacados e prestigiados, pois, quanto mais chamarmos a atenção para a necessidade de nos colocarmos no lugar do outro nas nossas relações diárias, possivelmente em um menor espaço de tempo, teremos um mundo com menos indiferença e mais solidariedade. Esse, com certeza, é um bom desafio!

Leia o texto de Jorge Brandão