O vereador João Ricardo Vargas (Progressistas) também falou sobre a decisão de a Escola de Sargentos das Armas (ESA) ir para o Recife em entrevista à Rádio CDN e demonstrou insatisfação com a decisão. Vargas define esse momento como "muita frustração e tristeza para todos nós".
Questionado sobre o porquê do Alto Comando do Exército tomar essa decisão alegando que a capital do pernambuco é a melhor opção considerando os critérios técnicos, ele dispara.
- Sobre a questão técnica, não existe outra cidade no Brasil que possa apresentar o que Santa Maria tem, isso é verdadeiro! Diante de tudo que se via, os levantamentos eram feitos pelo alto comando, era certeiro. Diante desse aspecto, não teria como não vir para Santa Maria, somos mais preparados do que o Recife. Digo com todas as letras, não foi uma medida técnica, não foi critério técnico, houve uma questão política e muito forte em cima de tudo isso. - respondeu.
Defendendo Santa Maria como a melhor opção, Vargas demonstra total oposição à escolha e as justificativas para com ela.
- Eu fiz um levantamento, não existe nada da ESA na rede social do prefeito João Campos. Fazendo o comparativo com o que foi feito aqui em Santa Maria pelo executivo e legislativo e todos os projetos enviados pelo executivo. Nós fizemos uma análise muito criteriosa, muito bem articulada e com serenidade, porque o prefeito cobrava uma data, fazíamos com uma animação muito grande, fizemos nossa parte. Em todas as áreas, a moradia, o local, a maquete, a apresentação para o alto comando, adesivo, enfim. - disse.
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Seguindo o gancho trago por Vargas, a escolha de Recife não foi baseada em critérios técnicos, como revelado por Bolsonaro. Para Vargas, o critério escolhido foi de cunho político e isso teve relação com o Governador do Rio Grande do Sul e o prefeito de Recife (PE).
- Verificamos a postura do nosso governador, no auge da escolha, enquanto apresentamos tudo, o governador estava em são paulo com o Dória, Governador estava em outros lugares inclusive no nordeste realizando sua campanha presidencial. eu não tenho dúvida nenhuma que isso pesou e foi muito, infelizmente, não poderia ser assim. [...] Já com base no governo de pernambuco, nós vimos uma influência acima disso, mesmo ele sendo oposição ao presidente Bolsonaro, vimos uma humildade da parte do governo do Pernambuco. Estivemos conversando com ele, eles trouxeram sua humildade política e foi sem dúvida sim, uma decisão política. - finalizou.
Colaborou: Fellipe Medeiros