'É assustadora a liberdade que os marginais têm', diz moradora que socorreu entregador de pizza baleado 

Antes de ser encaminhado para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), o entregador de pizza baleado na noite desta quinta-feira, no bairro Dores, foi socorrido por moradores.

Segundo uma mulher, que não quis ser identificada, diferentemente do que foi registrado no boletim de ocorrência, o entregador já teria entregado a pizza no momento em que foi atacado pelos assaltantes. A entrega teria sido feita a um casal de idosos, moradores da Rua Gentil Maciel.

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– Foi pelas 20h15min, eu recém estava chegando em casa. Enquanto ele entregava a pizza, eles (os assaltantes) estavam na esquina, entre a Pedro Londero e a Gentil Maciel, em um orelhão. Acho que eles esperavam pelo entregador. E ele deve ter reagido, corrido, já que os tiros acertaram as costas, mas não sabemos – relata a moradora.

Assim que avistou o jovem caído, a mulher ligou para a pizzaria para onde ele fazia as entregas:

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– Ele disseram que o menino recém havia saído. Ele tinha outras pizzas na moto. Coitado.

Conforme a moradora, durante o socorro ao entregador, havia o receio de que ele ficasse com sequelas, pois não havia sangramento. 

– O  meu medo é que ele não mexesse mais as pernas. Ele tinha muita dor na região do estômago, achamos que se tratava de uma hemorragia interna – relata a moradora, que trabalha na área da saúde. 

Na manhã desta sexta, o estado de saúde do jovem era regular. Ele havia passado por cirurgia e se recuperava no bloco.

Sensação de insegurança é recorrente

A mulher diz que, infelizmente, a sensação de insegurança é recorrente na região. 

– Já fui assaltada duas vezes. Já me levaram todo o salário do mês. É assustadora a liberdade que os marginais têm em Santa Maria. Nós não temos segurança. A polícia não entra ali dentro. Eles (os policiais) têm medo de entrar ali – alega a moradora, referindo-se à vilas e becos que existem no entorno do bairro. 

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–Nós dizíamos para eles (os policias) onde ela (a suspeita) estava. Todo mundo já conhece ela aqui. Mas eles não iam, pareciam ter medo de entrar lá – afirma a moradora.