Pesquisa registra freada no fechamento de lojas no Estado e no país

Foto: Arquivo (Diário)

Apesar de não haver dados locais, as vitrines de lojas fechadas com placas para alugar, que se espalharam bastante por Santa Maria nos últimos três anos, também fazem parte das estatísticas da pesquisa nacional e estadual divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ela indica que o fechamento de lojas no país e no Estado, que havia atingido números estratosféricos em 2015 e 2016, sofreu uma brusca freada em 2017. Aqui no Rio Grande do Sul, caiu de -7.735 mil postos de venda fechados em 2016 para apenas -711, em 2017, enquanto no Brasil, passou de -108,7 mil lojas fechadas, em 2016, para -19,3 mil no ano passado.

A CNC aponta que a crise do varejo começou ainda em 2014, com as vendas encolhendo -1,7% no país sobre 2013, agravando-se em 2015 (-8,6%) e 2016 (-8,7%) - em três anos, o volume de vendas caiu preocupantes -20%.

Ao menos, para 2018, a CNC está prevendo uma reversão, com a abertura de 20,7 mil lojas no país. É um alento, mas ainda levará anos para haver uma recuperação. Afinal, tinham sido fechadas -229 mil lojas nos últimos três anos.

Bandeira tarifária nas contas de energia será verde em março

Em 2017, quase todos os setores tiveram fechamento de lojas, com os hipermercados e supermercados no topo. Os dados são impressionantes. Em todo o Brasil, o número de supermercados fechados tinha sido de 27 mil, em 2015, e de 33,8 mil em 2016, ficando em 5,6 mil no ano passado: em três anos, foram 66 mil mercados que fecharam as portas no país. Em segundo lugar, estão lojas de vestuário e calçados: foram -40,4 mil fechadas de 2015 a 2017.

Voltando aos dados só de 2017, após os supermercados, também fecharam mais lojas os setores de materiais de construção (-3.714), artigos de uso pessoal e doméstico (-2.221), vestuário e calçados (-2.110), móveis e eletro (-2.068), combustíveis e lubrificantes (-1.842) e livrarias e papelarias (-487).

Os únicos setores que ficaram no positivo, com abertura de lojas, foram de itens de informática e comunicação (21 empresas abertas) e farmácias e perfumarias (426) - mesmo esse setor havia tido fechamento de -4,3 mil lojas em 2016 e de -5,6 mil em 2015.