“São muito, muito tímidas as medidas do governo federal para com o Rio Grande do Sul”, questiona representante da Federasul

“São muito, muito tímidas as medidas do governo federal para com o Rio Grande do Sul”, questiona representante da Federasul

Foto: Prefeitura de Silveira Martins

Registro de Silveira Martins em 2 de maio, após as fortes chuvas na Região Central.

Mais de 470 municípios afetados no Rio Grande do Sul e, muitos deles, com estragos incalculáveis em sua estrutura e nas dinâmicas sociais. Entidades do Estado questionam os valores enviados e a maneira que o governo federal pretende contribuir, como é o caso da ajuda as empresas.


+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia


A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) está inquieta com a questão. O vice-presidente jurídico da instituição, Milton Terra Machado, problematiza:  


– São muito, muito tímidas as medidas do governo federal para com o Rio Grande do Sul. É muito bom que o presidente venha aqui, no olho do furacão, mas temos prejuízos direto e indiretos. O apoio é insuficiente, não dá conta.



A discussão teria se intensificado após o governador do Estado, Eduardo Leite, solicitar que o governo federal ajude a pagar salários das empresas atingidas. A resposta do presidente Lula foi anunciada na quinta (6) e prevê que o governo federal vai pagar um salário mínimo por trabalhador, R$ 1.412, no período de 2 meses para as empresas que aderirem ao programa e se comprometerem a manter os empregados por pelo menos 4 meses. Se um trabalhador ganha R$ 2 mil por mês, seguirá recebendo esse valor, sendo R$ 1.412 pagos pelo governo e os R$ 588 restantes sendo repassados pela empresa.


Leia mais: 


Durante entrevista no programa F5, da rádio CDN, 93.5, o representante da Federasul indicou que a questão se agrava quando as empresas que foram destruídas não vão ter como pagar os funcionários. Ele completa:


– Talvez não consigam pagar os funcionários no primeiro, segundo, terceiro e nem no quarto mês. Essa ajuda é muita tímida. E há outras cidades em que não houve devastação física tão evidente, mas as empresas não conseguem obter os seus insumos para fabricar. Há um consenso com os diferentes sindicatos que representam os trabalhadores. Precisamos de um benefício emergencial de manutenção de emprego e renda. Não precisa ser igual ao recurso na pandemia, pode ser algo semelhante.

Machado afirmou que a União arrecada no Rio Grande do Sul um valor muito maior do que devolve anualmente ao Estado. Cita que Estados do Norte e Nordeste acabam sendo beneficiados com mais verbas do que repassam a Brasília, o que faz parte do princípio federativo.

- É um direito do Rio Grande do Sul exigir esse dinheiro. Agora, nós é que estamos precisando.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Mais de 7 mil empresas do Estado pegaram empréstimos com juros zero pelo Pronampe Solidário após enchentes: veja como pedir Anterior

Mais de 7 mil empresas do Estado pegaram empréstimos com juros zero pelo Pronampe Solidário após enchentes: veja como pedir

INSS começa a pagar segunda parcela do 13º a quem recebe acima do mínimo Próximo

INSS começa a pagar segunda parcela do 13º a quem recebe acima do mínimo

Economia