O sonho de ter filhos e aumentar a família pode ser mais complicado para casais que não conseguem engravidar de forma natural. As chances de um casal fértil engravidar sem nenhum tipo de interferência até a faixa dos 35 anos é de 20%. À medida que a idade avança, as possibilidades diminuem assim como vasectomias e alguns problemas de saúde podem ser um obstáculo para a concepção. Nesses casos, a Medicina, associada à tecnologia, pode ser uma aliada.
A reprodução assistida oferece diferentes opções para quem está com dificuldade de engravidar. Indução da ovulação, coito programado, inseminação artificial e fertilização in vitro são alguns dos caminhos para quem almeja uma família maior. O ginecologista e obstetra Felipe Costa, da Fertilitat, empresa especialista em reprodução humana, explica que esses tratamentos são classificados em baixa e alta complexidade. Cada caso é específico, e o médico é quem deve orientar o tipo de tratamento ideal.
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Especialista em reprodução humana e um dos responsáveis pelo ambulatório de esterilidade conjugal do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), o médico ginecologista Paulo Afonso Beltrame alerta: quando o casal tenta engravidar e não tem sucesso no período médio de um ano, é preciso investigar a causa. Na maior parte dos casos, homem e mulher devem passar por exames para que o médico orientar as alternativas indicadas para chegar à gravidez.
Os tipos de tratamento
Roberto de Azevedo Antunes, diretor médico do laboratório de infertilidade do hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que há, basicamente, três tipos de tratamento. A escolha do mais adequado dependerá de uma série de fatores:
Se uma paciente tem obstrução de ambas as trompas, por exemplo, não adianta fazer indução de ovulação porque o espermatozoide e o óvulo nunca vão se encontrar. Isso também não vai acontecer quando o homem tem baixa concentração de sêmen ou morfologia muito alterada para alguns parâmetros, mesmo que a mulher tenha trompas normais.
Apesar de serem ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nem todos os tratamentos são custeados pelos planos de saúde. O Husm tem um laboratório que diagnostica causas de esterilidade e faz tratamento da fertilidade tanto para o homem quanto para a mulher. Mas caso o casal precise de fertilização in vitro, será encaminhado para Porto Alegre. Em Santa Maria, nem clínicas particulares fazem o procedimento. Para os interessados, o problema extra será o preço alto do tratamento ou a fila de espera do SUS, que pode durar anos.
Confira, a seguir, como funcionam os principais tratamentos de fertilidade.
Coito programado
O método é o mais simples e, geralmente, é a primeira tentativa feita pelos casais. Neste casos, a mulher passa a tomar medicamentos que estimulam a produção de óvulos, aumentando as chances de engravidar. Depois do procedimento feito, o casal deve programar as relações sexuais para os períodos em que a mulher produz mais óvulos. Ao longo do tratamento, a mulher passa por diferentes exames, para monitorar a ovulação.
Em determinado momento, é preciso fazer a aplicação de um hormônio que permite que a ovulação ocorra a partir de 36 horas após esse prazo, é indicada a relação sexual. Depois de 15 dias, já é possível fazer exame de gravidez. Se o resultado for negativo, o tratamento pode ser retomado no próximo ciclo menstrual.
Esse método é indicado para casais que não conseguem ter filhos por problemas de ovulação, desde que a mulher tenha as trompas normais e o homem não apresente problemas com o sêmen.
As chances variam de acordo com a idade, mas em casais jovens, abaixo de 35 anos, a chance de suc"