cidadania

Professora e artesã de Santa Maria leva alegria para pacientes hospitalizados

Luisa Neves

Foto: Charles Guerra (Diário)
Jô Aninha faz parte do Esquadrão da Alegria e leva um pouco de felicidade para quem está em hospitais da cidade

Roselara Zimmer Soares, 45 anos, mora em Santa Maria, é formada em Letras e artesã. Mas, por trás dos livros e da arte, ela carrega outro nome: Jô Aninha, "doutora" especialista em Besteirologia. Isso mesmo! Basta saber que alguém precisa do riso e da disposição dela, que a santa-mariense coloca um jaleco e um nariz de palhaço e enche a maleta de alegria e de besteiras, como refere-se ao que se dedica com muito amor.

Há três anos, Roselara faz parte do Esquadrão da Alegria, grupo que tem como objetivo deixar o ambiente hospitalar, sempre cheio de dor e angústias, em um lugar menos triste. Porém, sua trajetória no voluntariado começou na infância, com o exemplo da mãe, Mercedes Zimmer Soares, já falecida, que confeccionava agasalhos para pessoas em situação de vulnerabilidade social.  

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Junto com a vontade de fazer o bem, Roselara conta que sempre teve dom para fazer teatro. Empenhada em fazer algo para melhorar a vida de quem precisa, ela uniu arte e solidariedade e, com foco no que acredita ser sua missão de vida, desde março, Roselara é diretora local do Esquadrão da Alegria.

- Tratamos miolo mole, cabeça dura, chulé crônico, pum solto ou preso, entre outras doenças, que nem todo mundo consegue ver, mas que a maioria das pessoas admitem que têm - brinca Rose.

Para a voluntária, não existe desânimo ou cansaço no dia a dia de quem leva alegria para quem está doente. O sorriso dos idosos e a alegria das crianças compensam cada minuto dedicado à ONG. A cada visita nas diferentes unidades hospitalares de Santa Maria, conhece pessoas que nunca tinham visto um palhaço e que há muito tempo não conseguiam sorrir.

Noites maldormidas têm reflexo na saúde

- Pode acontecer de estarmos cansados, mas assim que ouvimos as primeiras gargalhadas das crianças, somos renovados. A gente canta, dança, conta histórias e recebe muitos abraços, o que é a melhor parte da iniciativa - comemora a voluntária.

XÔ, TRISTEZA
Rose conta que a transformação em Jô Aninha começa em casa. Coloca o nariz de palhaço, veste o jaleco e ouve música alegre antes de encontrar o grupo. No caminho, sorri e cumprimenta as pessoas no trânsito e abraça quem passar por ela.  

- Interagimos em todo o percurso até os hospitais. Se estamos chateados ou cansados, o sorriso dos pacientes nos alegra. Há muito tempo eu procurava algo para fazer em favor de outros. Tenho certeza de que encontrei a coisa certa - afirma Rose.

Ganhos e perdas: uma eterna gangorra

COMPROMETIMENTO  

Fisoterapeuta, Carina Gressana, 36 anos, foi madrinha de Roselara no Esquadrão da Alegria. Para ela, comprometimento é a palavra que define as ações de Roselara na iniciativa. 

- Nossa missão é levar alegria, paz e sorrisos a quem está no hospiital, seja paciente ou acompanhante. Estou há oito anos na ONG. Rose chegou para nos ajudar, e a dedicação dela é fundamental. Organiza eventos, cuida da burocracia e está sempre disposta para tudo - diz Carina, ou melhor, dra. Dra. Crespina Enrolada, especialista em fazer rir.

Depois dos 50, eles voltaram à universidade

Há seis anos, a engenheira química Eliane de Fátima Saibt, 52 anos, é a Dra. Amar é Linha, do Esquadrão da Alegria. Para ela, atuar com Rose, é ter oportunidade de trabalhar com uma pessoa sempre disposta, que transmite bom humor e tem muita vontade de fazer o bem.



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