empreende

VÍDEO: relações públicas investe em escola de pole dance

Fotos: Pedro Piegas (Diário)
A rotina de cumprir horários e ter inúmeras tarefas para vencer ficou para trás na vida da relações públicas (RP) Aline Japur, 28 anos 

Em vez do escritório, ela passou a trabalhar na sala de casa. A ferramenta de trabalho? Uma barra em aço inox fixada do chão ao teto. É que Aline passou a dar aula de pole dance e, com o tempo, percebeu que era possível obter renda apenas com as aulas.

- O mercado da comunicação tem uma carga horária absurda e é muito mal remunerado. Então, decidi abandonar a carreira de RP e foi a melhor coisa que fiz. Minha qualidade de vida deu um salto quando comecei a dar aulas, pois larguei o sedentarismo. Além disso, tenho a chance de trabalhar com o empoderamento das minhas alunas - conta.

Foi em uma das brechas do horário de trabalho formal como RP que Aline fez a primeira aula de pole dance, em 2015. A partir dali, passou a assistir vídeos da dança e tentar imitar os movimentos:

-Se eu pudesse, passava o dia inteiro assistindo a vídeos de pole dance. Instalei uma barra em casa e, com o tempo, surgiu a ideia de fazer uma capacitação. Concluí um curso de nível básico e comecei a dar uma ou duas horas de aula, fora do horário de trabalho.

Para receber as primeiras alunas, em abril do ano passado, a instrutora adaptou o espaço da sala afastando os móveis. Logo, vieram mais interessadas e ela considerou dedicar todo o tempo para a atividade. 

Para iniciar o negócio, ela investiu em uma barra com polimento melhor e reformou a sala. 

Visionária, Aline pensou , também, em um espaço adequado para fotos. Assim, as alunas podem compartilhar cada evolução nas acrobacias. As paredes ganharam espelhos e adesivos com o logotipo da empresa, que se chama Big Queen. Para se especializar, antes de dar cursos, ela procurou treinamentos em Curitiba e Porto Alegre

Aline conta que ministra até 5 horas-aulas por dia:

- Como os exercícios exigem resistência, esse é o tempo máximo que consigo demonstrar as acrobacias. No restante do dia, dedico-me a organizar aulas, treinar e trabalhar em questões administrativas.

Confira o vídeo em que Aline Japur apresenta sua escola de pole dance:


AUTOESTIMA PARA VENDER
Como estratégia para divulgar o trabalho, Aline conta com o "boca a boca" das alunas. A empresária Luciele Kegler, 30 anos, já conhecia Aline e viu o anúncio das aulas pelas redes sociais. As informações sobre a técnica atraiu a atenção dela, que convidou a administradora Lóren Motta, 33, para experimentar um treino em conjunto. Desde então, as duas se apaixonaram pela atividade.

A dança, popularizada por meio do cinema e novelas, é frequentemente associada à sensualidade. Mas basta uma primeira aula para que a aluna saiba que não precisa atingir o padrão de beleza dos filmes. Na verdade, os movimentos exigem muita força física.

- Elas têm que usar roupas curtas para que a pele tenha aderência em contato com a barra. No começo, muitas alunas resistem a usar barriga de fora. Aos poucos, acabam aceitando o próprio corpo e descobrem que podem fazer movimentos incríveis - detalha Aline

A percepção da professora de dança é correspondida por Lóren:

- O que eu mais gosto é a sensação de bem-estar. A técnica trabalha a nossa autoestima e superação. É muito bom fazer movimentos que, antes, não conseguíamos e descobrir que somos capazes de avançar a cada aula. É sensacional.

A boa notícia é que qualquer pessoa pode aprender a dançar, com exceção de quem tem labirintite. O limite de peso para usar a barra é de 150 kg.

Entre as várias vertentes da técnica, Aline oferece aulas de pole flow, modalidade em que os movimentos fluem de um para outro, naturalmente, na perspectiva de quem assiste. A professora também trabalha com o pole dance acrobático, que lembra a dança em tecido, prática que deriva da arte circense.

COMO FAZER UMA AULA

  • As aulas podem ser feitas com até duas alunas por turno e têm duração  de uma hora
  • Quanto - R$ 50 a hora (quando a aula é em dupla, cada aluna paga R$ 25)
  • Onde - Rua Tiradentes, 55, Centro
  • Contato - Facebook ou Instagram

VÍDEO: casal inaugura quadras de areia para aluguel em Santa Maria
VÍDEO: irmãos apostam em receitas artesanais e abrem hamburgueria em Santa Maria

PLANEJAMENTO COMO CHAVE
De acordo com Rômulo Machado Vieira, gerente do Sebrae Regional Centro, em Santa Maria, um hobby pode, sim, virar negócio. Segundo ele, ter afinidade e conhecer a atividade é um os principais pontos a serem analisados na escolha de um empreendimento:

- É necessário avaliar quantos e quais concorrentes existem no mercado, qual a demanda pela atividade e, principalmente, se o hobby trará satisfação e retorno financeiro se virar um negócio.

Vieira acrescenta que, para não correr riscos, o empresário deve ter planejamento, além de ferramentas, como o Plano de Negócios e o Canvas, métodos que ajudam a desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou existentes:

- O planejamento orienta na busca de informações detalhadas sobre o ramo, produtos e serviços que o empreendimento irá oferecer, bem como clientes, concorrentes, fornecedores, pontos fortes e fracos do negócio. Isso contribui para identificar a viabilidade, ou não, do investimento.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

VÍDEO: executiva comercial transforma paixão pelo patchwork em negócio

VÍDEO: irmãos apostam em receitas artesanais e abrem hamburgueria em Santa Maria Próximo

VÍDEO: irmãos apostam em receitas artesanais e abrem hamburgueria em Santa Maria

Empreendedorismo