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Artesão investe em arte funcional para criar a Art Zen Quadros

Fotos: Gabriel Haesbaert (Diário)
Leonir Lorenzoni transforma espelhos e pinturas em combinações artísticas que servem para decorar a casa

Ele diz que começou no negócio por acidente. Para os amigos e clientes, é um dom. Durante muito tempo, o único contato de Leonir Lorenzoni, 50 anos, com o mundo da arte e do artesanato havia sido durante a infância, quando ele dedicava as tardes livres a desenhar. Com o tempo, os rabiscos foram esquecidos, o garoto cresceu e se tornou operador em tratamento de água em um frigorífico da cidade. Foi em 2005, quando se mudou para o atual endereço onde vive, no Bairro Urlândia, que ele teve a vida transformada.

- Quando eu e minha esposa viemos morar aqui, notamos que a casa precisava de quadros. Não nos agradamos com os quadros disponíveis em lojas, então, pintei meu primeiro trabalho. Um dia, um amigo nosso foi lá em casa e gostou do quadro. Ele pediu um para ele. Fiz, entreguei, e em seguida, uma amiga deste amigo gostou do quadro abstrato e também quis um - relembra, aos risos.

Pouco a pouco, a fama de Leonir na vizinhança se expandiu. Suas obras, talhadas com canivetes e moldadas com pastas, popularizaram-se. Os tempos de descanso do trabalho se transformaram em intermináveis horas de produção artística. E o estilo artístico mudou.

- Uma senhora me recomendou colocar espelhos nos trabalhos para inovar. Hoje, vejo os quadros como arte funcional, porque funcionam como decoração e como espelhos - explica.

A ambição e o amor pelo novo hobby fizeram Leonir ultrapassar vizinhanças. Por iniciativa própria, ele decidiu expor os trabalhos em grandes centros, como a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), a Feira de Múltiplas Artes e o Brique da Vila Belga. Mais de 13 anos depois do começo da nova carreira, ele calcula que já comercializou 430 obras. Os quadros variam de tamanho, tema, estilo e preço - os mais simples podem custar R$ 50, e os mais elaborados, R$ 270.

Entre 12 e 15 de julho, os trabalhos do artesão serão atração novamente na Feicoop, evento onde ele já vendeu quadros para pessoas de todo o Brasil e da América Latina. E ele promete ocupar o espaço com uma produção variada.

- Estou preparando um grande acervo no meu ateliê para a feira. Fazer isto é algo que me agrada. Um amigo me disse que esse trabalho é a "minha cachaça". É uma fonte de renda secundária, mas consigo faturar bem. Não tenho do que reclamar - sorri o artesão.

NO BRIQUE

A engenheira ambiental Cristiane Hermann Pacheco transitava pela Vila Belga quando os quadros de Leonir chamaram a atenção dela. Ela já adquiriu dois exemplares e ganhou um terceiro de Natal.

- É um trabalho bem feito e composto por ótimos materiais. Ele também tem um bom gosto para a montagem. O Leonir é uma pessoa muito dedicada e ama o que faz. Acho que é por isso que o trabalho é tão bom - elogia.

Amiga e colega de trabalho do artesão, a auxiliar de escritório Elisiane Vidal Soares é outra que não poupa elogios às obras adquiridas. De acordo com ela, o artista consegue transmitir bons sentimentos através dos trabalhos.

Obra inspirada na capa do álbum "The Dark Side of the Moon", da banda inglesa Pink Floyd, está entre o trabalhos preferidos de Leonir

- Ao longo dos anos, ele aperfeiçoa cada vez mais o trabalho. Ele, com certeza, tem um dom - responde.

A porteira Paula Achterberg acredita que o rótulo de "obra de arte" não seria injusta com o quadro espelhado que ela adquiriu do artesão.

- Conheci o trabalho no Brique da Vila Belga. Ainda tive a oportunidade de conhecer o ateliê e, realmente, é uma obra mais linda que a outra - admite.

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