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Nesta semana, a coluna conversa com Mauro Bakof, o presidente local do Progressistas (PP). Ressalvado que o mandato dele termina em maio (mas tende a ser prorrogado, até por conta da pandemia, como já aconteceu com o diretório estadual), o dirigente fala sobre o que o partido pretende para o pleito de 2022. Por exemplo, apresentará candidato local a deputado ou fará como em 2018, quando isso não aconteceu? E quais os nomes que podem ser indicados? Acompanhe:
Claudemir Pereira - O Progressistas de Santa Maria já projeta a campanha de 2022, com candidatos locais a deputado?
Mauro Bakof - Primeiramente, temos que destacar que será uma eleição diferenciada essa de 2022. Até em razão do partido estar disputando o governo do Estado com um candidato raiz Progressistas, o (Luiz Carlos) Heinze, com toda certeza, garantirá muitas candidaturas por esse nosso Rio Grande. Já Santa Maria, centro do Estado, não poderá deixar de participar. Em 2018, lancei um candidato a estadual, o agora ex-vereador Vanderlei Araújo. Ele teve algumas portas fechadas e desistiu. Até hoje, tenho convicção de que deveria ter ido. Já agora o partido está mais maduro aqui na nossa cidade, dobramos a bancada de vereadores e já temos, sim, nomes para a eventual disputa.
CP - Sergio Cechin é apontado, nos bastidores, como nome do PP para concorrer a deputado estadual? Está correto? E para federal, há alguma possibilidade?
Bakof - Sim, Cechin é o nome que qualquer partido adoraria ter e, felizmente, ele é Progressistas. Se quiser será, sim, o candidato a deputado estadual. Federal é outra construção. Tem outros fatores onde entra região, onde entram grupos de apoios e muito recurso financeiro, o que hoje não dispomos. Mas se algum filiado decidir se candidatar, e o diretório homologar, todo filiado tem prerrogativa para tal. Claro, não depende apenas de Santa Maria, mas da direção estadual manter a candidatura. Pois a municipal indica e a convenção que decide é no diretório estadual.
CP - Quando o PP pretende definir oficialmente a posição de Santa Maria em relação ao pleito do próximo ano?
Bakof - Hoje, estamos com o mandato quase se encerrando. Provavelmente teremos eleição em maio para renovação de nosso diretório. Tudo dependerá da nossa estadual. Por enquanto é maio. Mas poderá haver alguma alteração em função do momento que vivemos. Ou seja, apenas o próximo Diretório poderá garantir algo. Claro que estamos trabalhando para termos nomes para a disputa estadual. Temos hoje o (Sérgio) Cechin e Coronel (João Ricardo) Vargas, dispostos a concorrer. Temos também a Roberta (Leitão) que, pela afinidade com o Luiz Carlos Heinze e pelo potencial que vem demonstrando, poderá sim concorrer, mas garanto que a principal posição será pela candidatura do Heinze mesmo, que está chegando quatro anos atrasada.
O vaivém na ex-sigla do presidente
NA TRAVE - O presidente do PP, Mauro Bakof, que, ao que tudo indica terá, junto com o restante da Executiva, seu mandato prorrogado pela direção estadual (por conta da pandemia), demonstra, como você leu no texto que abre esta página, satisfação com o desempenho do partido no pleito de novembro, no que toca à Câmara.
Mas em relação ao pleito majoritário e à tentativa de, depois de muito tempo, eleger um prefeito da sigla, percebe-se a frustração. Mas também revelou certo otimismo. Olha o que ele fala, literalmente: " Já os outros 50% do projeto batemos na trave. Mas, pela primeira vez, o partido teve projeto e seguiu uma linha definida para crescer". Então, tá.
PERDAS - Aliás, o Progressistas de Santa Maria também contabiliza, por conta da eleição, a saída de um parlamentar (agora ex), Vanderlei Araújo, e, com ele, pelo menos outros três integrantes do diretório, inclusive o histórico Gilsione Cáurio, que fazia parte da Executiva.
Passados quatro meses, debita-se à pandemia, segundo fonte privilegiada do colunista, o fato de o grupo ainda não ter escolhido seu novo caminho partidário. Consta que o governista Democratas estaria na "pole-position". Mas...
Bagunçou o coreto da sucessão estadual
Os articuladores estaduais do PSDB e do MDB, sobretudo, além do PTB (não se sabe se do que restou dele ou dos que pretenderiam sair) se equilibram tentando garantir resultado positivo às articulações para uma aliança visando a eleição de 2022.
Há queixas surdas para o posicionamento do governador Eduardo Leite. Que se abrandaram, no entanto, com o "relaxamento" das restrições sanitárias a caminho, com a volta da cogestão - como alternativa à bandeira preta do distanciamento social.
E também há outro fator, este pesando bem mais, dado o histórico recente das alianças. Sim, o aumento significativo da presença emedebista no primeiro escalão do governo ajuda a distender as críticas.
Aparentemente, porém, o PTB (é impossível ainda saber qual) já estava mais cordato com o espaço que perderia, sendo compensado, por exemplo, com meio ano de comando no Palácio Piratini, via Ranolfo Vieira Júnior. Sempre, claro, contando com a renúncia de Leite em meados de 2022, para concorrer à Presidência (ou à Vice-Presidência) da República. Ah, e com a possível adesão do DEM ao projeto dito terceira via, até mesmo aqui no Estado poderia facilitar um acordo.
Mas, atenção: tudo isso é no campo das hipóteses. Afinal, a postura do governador em relação à pandemia, que descontentou alguns setores bem específicos, ninguém duvida, bagunçou o coreto. A ponto de pontes terem de ser refeitas.
EM TEMPO - No campo oposicionista, exceto pela sempre esperada candidatura do PT (seja qual for o nome), são óbvias as conversas entre PSB e PDT, inclusive com envolvimento nacional - incluindo a candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto. A conferir.
LUNETA
HELEN
Mesmo que saia logo do hospital (algo pelo que todos torcem), demorará tempo razoável para que Valdir Oliveira retome seu lugar na Câmara. Assim, a suplente Helen Cabral continua até lá. Talvez seja possível até entender o que ela pretende realizar, de vez que o primeiro ato foi ininteligível aos leigos. Sim, ela frustrou (temporariamente?) a criação do chamado Bloco Parlamentar Propositivo, que reúne PT e PC do B.
IRRELEVÂNCIA
Roberto Jefferson que, mais de presidir, manda no PTB, se invocou com a seção gaúcha, por seu apoio ao governo Leite. Que, veja só, tem como vice um petebista. Vai daí que a encrenca se deu e o pessoal, inclusive deputados, quer se mandar. Pergunta: e em Santa Maria? Resposta: a rigor, nada. Desde que passou de dois para nenhum edil, o PTB virou irrelevante para o jogo político local.
SE PISCAR...
Sim, como diz Mauro Bakof, o presidente do PP, Sergio Roberto Cechin, candidato derrotado a prefeito em novembro, só não concorre à Assembleia Legislativa em 2022 se não quiser. Mas é bom que se apresse na decisão. Sim, porque, como disse um pepista ao colunista, se "piscar", João Ricardo Vargas (foto) está pra lá de fardado (com o perdão pelo trocadilho) para ocupar o lugar.
DE LADO
Alguém aí ainda lembra da história da apresentação do novo organograma político-administrativo do município? Sim, a reforma a ser proposta pelo Executivo, que implicaria, se dizia, menos em troca de nomes, mais em mudanças na estrutura de gestão? Pois é, até o fechamento desta página, nada feito. A explicação? A luta contra a covid é prioridade. Faz sentido. Exceto para os que sonham com algum cargo.
PARA FECHAR
Terça-feira, a Assembleia aprovou projeto que torna essencial a Educação em todo o Estado, em caso de calamidade e/ou pandemia. Detalhe: emenda do deputado Frederico Antunes (PP) retirou do texto a expressão "presencial", o que inviabiliza reivindicações pela volta às aulas não remotas. E municípios não podem mudar lei estadual, como pretende proposta que tramita em Santa Maria. Então...