Claudemir Pereira

Quais as cinco possibilidades reais de candidatos a prefeito

O fim da possibilidade de não haver segundo turno, com a implosão do recadastramento eleitoral, trouxe uma série de consequências. Mas a principal delas, por certo, foi esculhambar com a teoria de que haveria menos candidatos a prefeito. Sim, estratégias reducionistas ficaram pelo caminho e partidos começaram a se assanhar com a alternativa de lançar candidatos nem que seja apenas para fortalecer a campanha proporcional.

 
Visto de longe, o cenário é este. Observado mais de perto, porém, se percebe que a quantidade de concorrentes não será assim tão grande. Afinal, é difícil encontrar alguém que saiba que não irá vencer, mas, por amor à camisa, se sujeite a uma empreitada que tem tudo para não ser barata. Ou alguém acredita que agremiações apostem recursos polpudos em candidaturas sem chance de vitória?

 
Dito isto, não custa nada dar uma olhadela no que há disponível no mercado eleitoral santa-mariense. Vai daí que se percebe, facilmente, que não haverá mais que meia dezena, se tanto, de concorrentes ao gabinete principal do Centro Administrativo.

 
Mas, diante disso, quem seriam os protagonistas da disputa de 2024?

 
Dois estão na cabeça e no coração de muita gente. Um é Rodrigo Decimo. Sem partido definido ainda, até pode ser o UB, ao qual está filiado automaticamente desde o falecimento do PSL que o abrigou na eleição passada. Mas certamente terá o apoio do PSDB (se a ele não se alistar) e outros partidos agregados hoje ao poder municipal.

Outro é Valdeci Oliveira. Um “soldado” do petismo, será instado a concorrer, nem que seja por pedido do próprio presidente da República. Terá certamente o apoio do PC do B, com o qual o PT está federado, e buscará a adesão do PSB e, quem sabe, do PDT.

O terceiro é justamente “filho” da nova circunstância, entre outros motivos. No caso, o deputado Beto Fantinel, que é o solitário nome viável do MDB (embora não seja o único a ter a pretensão). Sim, o partido o considera competitivo. Mas, se a vitória não vier, afora a já aludida força aos candidatos à vereança, não tem nada a perder, pois continuaria deputado, quiçá secretário de Assistência Social.

O quarto nome? Seria uma tentativa de união da Direita santa-mariense. Carente de opções competitivas, ela poderia ser representada pelo ex-deputado Giuseppe Riesgo, do Novo. Quer ser. E tem convite (formal ou não) do Progressistas. Pode ser aliança que faria sentido, do ponto de vista ideológico. Vai acontecer? Não se sabe. Mas é prudente não descartar.

Como se fecharia o quinteto? Com, outra vez, um nome do PDT. O colunista não é maluco de prever quem seria. Exceto que a agremiação está dividida, quebrada ao meio, pela disputa entre os grupos de Marcelo Bisogno e Paulo Burmann. A parte vitoriosa pode apresentar candidato. Pode. E mais não se há condições de avançar. Por enquanto.


MDB joga tudo na candidatura de Beto Fantinel e se organiza no RS

O MDB santa-mariense reuniu seu diretório municipal na noite da última segunda-feira. Houve pelo menos uma discussão “acalorada” entre militantes graúdos do partido, segundo interlocutor da coluna presente ao evento político acontecido na Câmara de Vereadores.

O mais importante, porém, salvo uma ou outra exceção, devidamente isolada (se diz), é que o partido se encontra “fechado” com Beto Fantinel. O deputado estadual e secretário de Assistência Social está por cima da carne seca nas internas emedebistas santa-marienses. E, que se diga, oriundo da Quarta Colônia, conquistou isso por sua liderança e, sobretudo, através dos votos nas urnas.

É tudo por 2024 - Na tarde de terça-feira, na capital gaúcha, foi a vez de os coordenadores regionais do MDB se reunirem com a direção regional da agremiação. O assunto único foi a mobilização para o pleito municipal do próximo ano.

Os emedebistas acreditam ser possível manter o que já existe e conquistar protagonismo em vários outros municípios. Para isso, estão começando cedo a parte organizativa interna. No caso do centro do Estado, soube-se, a tarefa de mobilização deverá ser liderada pelo coordenador regional, Anderson Pugliese, militante de Dilermando de Aguiar, e Magali Marques da Rocha (ambos na foto), a vice-coordenadora e ex-presidente do MDB em Santa Maria.


À esquerda, Valdeci Oliveira. À direita, Giuseppe Riesgo. Ou?

À ESQUERDA - O improvável silêncio obsequioso imposto ou a decisão própria de calar-se não impedem que todo mundo (e é todo mundo, meeesmo) no partido do presidente Lula afirmem que o deputado estadual Valdeci Oliveira (foto) será candidato a prefeito municipal em 2024.
Há tanta certeza nisso que ninguém, questionado, fala em plano B. Mais que isso, o objetivo é formar uma forte nominata à Câmara de Vereadores, inclusive prevendo, claro, militantes do PC do B e (talvez) do PV, para ampliar a bancada esquerdista no parlamento da comuna.
Hoje com quatro edis, três petistas e um comunista do b, a ideia é no mínimo chegar a seis. É com isso que trabalham as lideranças da Federação Brasil da Esperança.

À DIREITA - O Progressistas não tem nome considerado viável para concorrer à prefeitura. Assim, observadores, inclusive próximos à agremiação, imaginam que a alternativa é uma só: aliar-se a um partido (Novo?), que possa apresentar a cabeça da chapa (Giuseppe Riesgo?).
Outra opção parece não estar sendo considerada. Seja por falta de aliados próximos ideologicamente (e que já não estejam com o governo municipal, que terá seu próprio candidato), ou nomes maiores que os já ostentados pelo PP, e inviabilizados.
Por fim, a terceira possibilidade é mesmo apostar (o que talvez seja um risco) apenas numa forte nominata para a Câmara de Vereadores.

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