Os filiados que os partidos ganharam (ou perderam) após a janela partidária

Os filiados que os partidos ganharam (ou perderam) após a janela partidária

Foto: Tribunal Superior Eleitoral/Reprodução

Os dados oficiais estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Atualizados em 1º de maio, já trazem o resultado do mês da traição (oficialmente, a janela partidária). Afinal, qual o efeito que teve a mudança de partidos, no caso santa-mariense, de cinco vereadores, sobre os partidos que deixaram e os que os abrigaram?



Considerem-se inicialmente os que perderam. O PP viu sua bancada se reduzir para apenas um edil, o seu presidente Pablo Pacheco. Os outros três saíram. Dois, Roberta Leitão e João Ricardo Vargas, para o PL, e Anita Costa Beber, ao Podemos. Se for o caso, pode-se dizer também que perdeu o primeiro suplente, Zaloar Soares, que foi ao PDT.

 
Mais dois partidos também perderam vereadores. O mais comentado deles, por sua história única na agremiação, foi Tubias Callil, que deixou o MDB e se filiou ao PL. Outro edil, este em primeiro mandato, também mudou de casa na última hora: Paulo Ricardo Pedroso foi do PSB ao PSD.

 
Pois, veja só. Comparando os números de março e abril, tanto PP, quanto MDB e PSB, os desfalcados, mantém-se com praticamente a mesma quantidade de filiados. Aliás, os três ganharam alistados entre um mês e outro. Dois residualmente – o PSB de 784 para 791 e o PP de 2.697 para 2.710. E um de forma bem mais significativa: o MDB conquistou 83 novos filiados, passando de 3.322 para 3.405.

 
Agora, não custa conferir a situação dos que receberam os vereadores e, supõe-se, seus apoiadores. Aqui, o PL é o único a ostentar números significativos, especialmente se considerar que a sigla está longe de integrar o grupo de maiores (do ponto de vista de filiados) de Santa Maria. O partido de Jair Bolsonaro, que ganhou três edis entre março e abril, viu seus militantes alistados subirem, de um mês para o outro, de 789 para 922. Isto é, ganhou 133 novos.

 
As outras duas agremiações, embora a festa com a chegada de vereadores, não têm exatamente o que comemorar, no que toca à vinda de novos militantes. Aliás, o Podemos até perdeu um filiado entre março e abril, quando recebeu a vereadora Anita: passou de 281 para 280. Já o PSD se saiu melhor, embora o aumento residual: passou de 598 para 610 filiados.

 
EM TEMPO: as estatísticas de filiados, constantes no site do TSE, trazem curiosidades dignas de registro. Uma delas, entre tantas, pode ser notada na imagem que ilustra esta nota. No ponto mais alto, em 2009, Santa Maria chegou a ter 34.079 filiados a agremiações políticas. Isso significava mais de 20% do total de eleitores.

 
De lá para cá, o cenário mudou. Em 2018, eram 28.195. E aí o número começou a cair, até ficar abaixo dos 26 mil e se estabilizando. Há seis meses, eram 25.752, e agora, em abril, chegou-se a 25.906. Quase nada além.


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