Claudemir Pereira

PP, com uma nova liderança, em busca da união da direita

PP, com uma nova liderança, em busca da união da direita

Foto: Pedro Piegas (Diário/ Arquivo)

Antes que a manhã deste sábado termine, o vereador Pablo Pacheco será ungido presidente do Progressistas (PP) de Santa Maria. Mais que mera troca de comando, aparentemente acontece também uma mudança de geração. Pacheco, o mais jovem dos parlamentares eleitos em 2020, chegou aos 32 anos, completados em 2 de março. Isso, num partido que sempre optou pelos “mais velhos” na hora de resolver as questões de comando, pode fazer a grande diferença.

 
O vereador assume no lugar de Mauro Bakof (que, nesta questão etária, pode ser colocado como líder de transição), condutor do PP nos últimos anos. E que, por sinal, não obstante discordâncias internas, tem a contabilizar, no mínimo, o excelente desempenho na última eleição para o parlamento.

 
Mas, o que os pepistas podem esperar de seu novo líder institucional? Além da formação da nominata forte para, é a pretensão, ampliar ou no mínimo manter a atual quantidade de edis municipais, também a tentativa de união da Direita da comuna, visando a formação de uma chapa competitiva para o pleito municipal.

 
Falta “combinar com os russos”, mas a ideia parece pra lá de delineada. Na cabeça e no comportamento do novo presidente, e, sobretudo, nos passos já dados sobre a realidade dos destros da comuna. São mais que evidentes os acenos para o novista Giuseppe Riesgo. Que, ao que parece, sequer precisaria se filiar ao PP. Continuaria no mesmo lugar e seria o candidato a prefeito em uma aliança que ainda tentaria atrair outras agremiações direitistas do município.

 
Riesgo, que apoiou Pacheco na pretensão deste em virar vereador, no pleito em que o Novo santa-mariense ignorou a eleição municipal, tem óbvias afinidades ideológicas com o Progressistas.

 
Da mesma forma, num sinal de que o partido do ex-deputado está menos intransigente na relação com os pleitos e as alianças, deixando certos purismos que não se sustentam na realidade política brasileira, são evidentes os sinais de aproximação.

 
Um deles, para exemplificar, e o mais recente, foi a participação de Riesgo em evento promovido pelos pepistas, inclusive participando de painel mediado pela vereadora do PP, Roberta Leitão.

 
Se a política fosse algo simples, estaria tudo feito. Os sinais são inequívocos e um gaiato qualquer apenas arremataria: falta só o Progressistas decidir, entre seus quadros, quem seria o candidato a vice-prefeito. Isso, claro, se a política fosse simples.

 
Em todo caso, faltando pouco mais de 16 meses para o pleito de 2024, a Direita santa-mariense se move. Como será o fim do caminho? Não se sabe. Mas o PP, com seu novo presidente, ao que tudo indica, tem ideia clara de onde quer chegar. Chegará? Aí já são outros quinhentos.


Se depender de Bolsonaro, PL terá candidato a prefeito em Santa Maria


Divulgação


​No início desta semana uma reunião estratégica aconteceu em Porto Alegre, com a presença de líderes locais do PL, Ewerton Falk e Marco Mascarenhas, e dirigentes estaduais do partido, inclusive seu presidente, Giovani Cherini.


O assunto principal, senão único, obviamente foi o pleito de 2024 e como se comportará o partido no Estado de uma forma geral e em Santa Maria, especialmente. Aqui, com seus 679 filiados registrados no Tribunal Superior Eleitoral, trata-se de partido médio. Mesmo com entrada dos integrantes do DEM, após o falecimento legal da agremiação, e que decidiram aderir à sigla de Jair Bolsonaro.

 
De outra parte, embora ainda sem o registro no TSE, é fato que campanhas recentes de alistamento devam ter engordado o partido. Mas o principal ativo do PL na cidade, creia, é a quantidade de lideranças, todas elas integrantes do governo municipal, liderado por Jorge Pozzobom. A começar pelos próprios Falk e Mascarenhas, que participam do primeiro escalão da prefeitura – o primeiro como presidente do Instituto de Planejamento; o segundo como Assessor Especial lotado no gabinete do prefeito.

 
Diante dessa conjuntura, o que fará o partido, diante da orientação nacional, ouvida no encontro da capital? Sim, porque a diretriz fixada pelo próprio Bolsonaro é concorrer com chapa própria em todos os municípios.

 
E agora? Haverá exceções, se for o caso? Como Santa Maria, onde o PL, em tese, tenderia a apoiar o candidato do governo, o atual vice, Rodrigo Decimo, por enquanto do União Brasil, como será? Tcham-tcham-tcham-tcham!


Nova festa com Farret e os petistas. A cara, as cores e a cantoria são de...

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Quinzena sim, quinzena também ou, vá lá, mês sim, mês também, e a dupla de ex-prefeitos municipais, José Haidar Farret e Valdeci Oliveira, se encontra para um regabofe. Normalmente, uma festa pelo interior do município, sempre com um punhado de amigos comuns ou recém-chegados às relações de ambos.

 
No último final de semana houve um desses encontros que, “milagrosamente” os coloca, com as respectivas famílias, à mesma mesa. No caso, uma festança na comunidade de Água Boa, distrito de Arroio do Só, e tendo como anfitrião (todos na foto), o ex-subprefeito local, Roberto dos Anjos.

 
De inhapa, o presidente municipal do PT santa-mariense, Sidinei Cardoso, e mais uma entourage de petistas, também se fizeram presentes. Claro que isso não quer dizer nada, aos olhos dos incautos. Afinal, tem cara de periquito, canta que nem periquito, com as cores de periquito, que bicho será esse?

 
Ah, em bom português. Farret, por enquanto sem partido, já declarou, na Rádio CDN, que será candidato a alguma coisa no próximo ano e não será a vereador. O ex-prefeito se aproximou dos petistas em geral e dos deputados Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta (hoje ministro) na eleição do ano passado, quando apoiou a dobradinha.

 
Por fim, ele pode até não ser, mas tem toda a cara de ser o vice favorito dos petistas numa chapa a ser encabeçada pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa.

 


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