claudemir pereira

Quem tem vice, guarda o seu. Já quem não tem...

Claudemir Pereira

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Se nenhum acidente político de percurso acontecer, do sexteto principal (e talvez único) de candidatos majoritários no pleito municipal santa-mariense de 2020, já é possível afirmar que duas dobradinhas estão para lá de confirmadas. No caso, as que unem o PP de Sérgio Cechin e o MDB de Francisco Harrisson e o PT de Luciano Zanini Guerra com o PSD de Marion Mortari. Repita-se: se nada houver de mais extraordinário, o que nunca é prudente descartar, seja na política do dia a dia ou nos episódios eleitorais.

Dito isto, é possível conferir o cenário, a partir das definições das outras quatro postulações já postas, visando a conquista da vitória eleitoral em 15 de novembro - ou 29, na hipótese provável de segundo turno.

Como a coluna antecipou semana passada, ainda que não esteja chancelada oficialmente (há arestas a ser aparadas com o Democratas), a aliança em torno do atual prefeito, Jorge Pozzobom, do PSDB, terá o empresário (e ex-presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria - Cacism) Rodrigo Décimo como o candidato a vice.

Da mesma forma, salvo alguma situação imprevista (e até procurada), o Cidadania concorrerá solito no pleito majoritário, com o advogado Evandro de Barros Behr na cabeça e Carla Kovalski como vice, ela que preside o Cidadania Mulher e é gestora da área de Saúde no plano de governo apresentado pelo partido.

A partir daí, o que há são indefinições. Uma, inclusive, daquelas bem grandonas. No caso, a da Frente Democrática Trabalhista.

Com a adesão do PSB do ex-deputado Fabiano Pereira, o próprio se coloca como um dos protagonistas do consórcio eleitoral, ao lado do "fundador" do condomínio, o presidente do PDT Marcelo Bisogno. Um deles será o candidato a prefeito. Mas e o vice?

Ambos, nas manifestações públicas, têm trocado juras de amor político que chegam a enternecer corações mais endurecidos. Mas, quem será o nome principal escolhido? E o preterido aceitará ser vice? E se recusar, o substituto virá de que partido? Eis uma das dúvidas importantes, senão fundamentais, a ser resolvidas até meados de agosto.

Há ainda Jader Maretoli, do Republicanos, e que vem de um pleito em que surpreendeu com seus quase 20 mil votos conquistados. Ele já declarou a esta página não querer ser o "candidato dos evangélicos", mas o "da família". Só que ainda não tem vice. Ao que tudo indica, se nada diferente acontecer (como se sabe, algo não impossível), será mesmo alguém do próprio partido. Quem? Quem? Tcham-tcham-tcham-tcham!!!

Por fim, a última dúvida. Que é dupla. Ou tripla. A esquerda-esquerda apresentará candidato? Quem é o(a) concorrente à prefeitura? E o(a) vice? Pooois é. Uma definição (ou as três) terá de vir, em algum momento. E aí é a campanha. E o pleito.

Pozzobom: avançam negociações com o petebismo
LUZ ALTA - Os 21 vereadores receberam clara sinalização do Ministério Público. Os parlamentares estão indo bem além das tamancas ao pretender tornar "essenciais", em Santa Maria, os templos religiosos em geral (projeto de Alexandre Vargas, do Republicanos) e academias e estabelecimentos afins (João Ricardo Vargas/PP e Francisco Harrisson/MDB). 

É tão evidente a tentativa de burlar, nesses complicados tempos pandêmicos, a orientação federal e/ou estadual, com regras que só poderiam ser agravadas e não minoradas, que o MP já advertiu que irá agir, junto ao Judiciário, se as propostas se tornarem leis.

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É DA POLÍTICA - Avançam as negociações para a entrada do PTB no consórcio eleitoral a ser liderado por Jorge Pozzobom, do PSDB. Fonte graúda do grupo que deve ter ainda o PSL e o DEM, e que participa das conversas, até mesmo o anúncio petebista de uma pretensão de concorrer em faixa própria faz parte do processo.

Há ainda um caminho a ser percorrido, todos reconhecem. Entre eles, a compensação política ao Democratas, que abriria mão do nome do vice. Da mesma forma, que lugar o petebismo passaria a ocupar, no condomínio e, quem sabe, na própria agenda regional do governo estadual - do qual já faz parte, com o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior.

Bolsonaro passa longe da disputa local. Será, meeeesmo?

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Até que ponto a política nacional interfere nesse momento em que os partidos formam seus consórcios para tentar a vitória no pleito local? A resposta, para esse escriba, é curta e reta: pouco ou nada. 

Aliás, se é possível afirmar algo, só a Frente Trabalhista (depois da saída do PTB) guarda certa semelhança nas posições nacionais dos partidos - ainda que, regionalmente, o quadro já não se reproduza. Afinal, enquanto o PDT é oposição a Eduardo Leite, o PSB é governista com direito a vários CCs, inclusive secretaria.

Como, por enquanto, Cidadania e Republicanos avançam sozinhos, não há o que falar. Ainda. Já os demais, é preciso convir, pensam somente no local, ao ponto de ser possível afirmar que Jair Bolsonaro (foto), a menos que se queiram alimentar dissensos internos, ficará fora do trololó.

As três alianças restantes em formação, além já citadas, têm eclética posição. Afinal, a supostamente mais alinhada ideologicamente, com PSDB, PSL, DEM e (taaalvez) PTB, pode ter até amigos de Brasília, mas... Exemplo? O PSDB é destratado, a começar por FHC, pelos bolsonaristas.

Já o condomínio cechino-francisquista, que tem PP (Centrão) e MDB (?) na proa, no Planalto estão aparentemente juntos. Mas cada um é aquela mixórdia conhecida, com posições diversas. As outras siglas, todas legítimas, têm posturas distintas, embora pontualmente governistas.

Por fim, vem a aliança mais emblemática da inexistência de ligação entre o local e o nacional. Afinal, o PT é, dos grandões, o mais antibolsonaro. Seu parceiro, o PSD, porém, além de ter um ex-apoiador do Messias na chapa, tem até ministério para chamar de seu. Logo, a questão nacional terá de ser prudentemente deixada de lado. Ao menos pelos líderes da chapa.

LUNETA

CANHOTOS
A chamada "esquerda-esquerda" de Santa Maria é composta por três siglas. Mas, diferente de pleitos anteriores, dois deles, no máximo, apoiarão um terceiro. E olhe lá. PSTU (com 22 filiados), que concorreu há quatro anos, e PCB (5) estão fora. Quem sabe (pooode ser) chancelem um nome do PSol (262 filiados), o único desse lado ideológico que talvez se apresente às urnas.

CÂMARA, NÃO!
Presidente do PDT e pré-candidato a prefeito municipal, Marcelo Bisogno (foto) refuta totalmente a possibilidade de concorrer à vereança, se não for o cabeça da chapa da Frente Ampla Trabalhista, como chegou a cogitar a coluna, semana passada. Em contato com o escriba, foi peremptório: "sou 100% candidato à prefeitura. Não existe chance alguma de concorrer à Câmara".

E A VICE-PREFEITO?
O repórter também perguntou a Bisogno: "e a vice-prefeito?" (na hipótese de o nome escolhido a prefeito ser Fabiano Pereira, do PSB). Aí, bem... Aí, o leitor conclui da resposta: "Majoritária 100%... Construindo um grande projeto para Santa Maria.... Onde o plano de governo com responsabilidade e os pés no chão para executarmos os compromissos assumidos. Gestão com metas e resultados, eficiência e modernidade...". Pois então, que tal?

SEM ALIANÇA
O próprio Jair Bolsonaro parece ter pouca fé na criação rápida do Aliança pelo Brasil, partido que ele lançou quando se escafedeu do PSL. Tanto que já fala em alternativa para filiação visando a disputa pela reeleição, em 2022. Em Santa Maria, o Aliança tem, entre os organizadores, o ex-presidente do PSL, Patric Luderitz. Mas a campanha de filiação à nova sigla, até por conta da pandemia, anda visivelmente parada.

PARA FECHAR!
Não é exatamente uma novidade, esse tipo de projeção. No entanto, neste ano, inclusive com a chegada à disputa de novos jogadores competitivos, há uma exacerbação no otimismo em relação à eleição de vereadores. Ao ponto de, se as apostas partidárias fossem todas vitoriosas, seriam necessárias no mínimo três dezenas de cadeiras no Legislativo santa-mariense.

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