Claudemir Pereira

Paula Mascarenhas vai presidir PSDB gaúcho. E o que Santa Maria tem a ver?

Paula Mascarenhas vai presidir PSDB gaúcho. E o que Santa Maria tem a ver?

Foto: Divulgação

A pergunta simples, feita ao presidente municipal do PSDB, Guilherme Cortez, foi respondida também objetivamente. Tinha a ver com a assunção de Paula Mascarenhas à presidência estadual tucana na convenção que acontece neste domingo (29), na Capital.

 
Afinal, como a seção santa-mariense do PSDB se comporta em relação à escolha bancada por Leite, de quem Paula foi vice-prefeita em Pelotas, município que ela comanda já no segundo e derradeiro mandato?


Disse Cortez, e não poderia ser mais direto: “O PSDB de Santa Maria está fechado em apoio a Paula. A eleição dela representa uma mudança importante que deverá aproximar o partido estadual dos diretórios municipais.”

 
Assim se tem uma definição dos tucanos gaúchos e santa-marienses que, por sinal, terão pelo menos um nome, o do prefeito municipal Jorge Pozzobom, na lista de integrantes do Diretório estadual. O partido, ao menos institucionalmente, aparenta assumir as posições que passam a predominar no comando gaúcho.

 
Que, segundo, os observadores mais próximos do governador apontam para dois objetivos bastante claros. Um é buscar fortalecer as chances, que não são assim tão simples, de viabilizar a candidatura presidencial de Leite em 2026. E outro é levar para o centro democrático um partido que se coloca à direita e até flerta com o bolsonarismo, em franjas bem definidas da sigla.

 
Do ponto de vista da estética política, isto é, das relações mais lúdicas do tucanato, dá para entender. E em nível estadual talvez não seja tão difícil – afinal, o PL, sigla de Bolsonaro, se coloca, no parlamento gaúcho, como adversário de Leite, embora, circunstancialmente, apoie projetos do governo.

 
O busílis está nas comunas. E Santa Maria é emblema e pode se transformar numa grande encrenca. Aqui, PSDB e PL estão juntos. E até tendem a ficar no mesmo time, no próximo ano. Mas se trata de uma situação que vai requerer muita negociação. Afinal, o PL, que pretende concorrer à prefeitura, no mínimo terá de ser convencido a ficar na mesma chapa, quem sabe dando o nome do vice, em 2024. A menos, claro, que ordens “de cima” sejam dadas.

 
Quais? Que o PL deva se aliar com siglas de Direita (Novo? PP?) e não com o “centro democrático”. Ou que os tucanos locais sejam instados a se aliar, por exemplo, com o MDB, deixando de lado o PL.


Resumo da ópera: as agremiações em geral e o PL e o PSDB em particular, terão que, obrigatoriamente, exercitar ao extremo a arte de... fazer política. Ou se danarão. Aqui, ali e alhures.


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