Pode não se concretizar, claro, pois é de política que se está a tratar. No entanto, nove entre 10 analistas das coisas da comuna duvidam que o PL confirme a intenção de concorrer à prefeitura em 2024. A aposta é mesmo na manutenção da aliança com o PSDB, e garantir o nome do vice (Ewerton Falk?) de Rodrigo Decimo. Este deve filiar-se aos tucanos talvez mesmo antes do final do ano e alçado então oficialmente à condição de candidato à prefeitura.
A questão toda, e ainda vai dar o que falar, é que, como a coluna apurou, a preferência do PSDB é o apoio do PL e também do MDB – algo difícil de imaginar no momento –, repetindo a aliança estadual. Nesse caso (improvável?), o vice seria emedebista. E, de preferência, o vereador Adelar Vargas, que comporia o lado “popular” da futura coligação.
E aí, como vai ser? Melhor aguardar, não?
NOVA DIREÇÃO
Exatamente oito dias após confirmar a pré-candidatura do deputado Valdeci Oliveira, em dobradinha com o ex-prefeito José Haidar Farret, do União Brasil, os petistas de Santa Maria se reúnem outra vez. A partir das 8h30min, no plenário do Palacete da Vale Machado, haverá o que o partido está chamando de recomposição dos integrantes da Executiva e do Diretório Municipal.
A principal, senão única mudança significativa, ocorrerá justamente na presidência. Deixa o cargo, depois de um punhadão de anos, o militante Sidinei Cardoso Pereira – que concorrerá à vereança. Em seu lugar assume outro veterano na atuação no partido, Ronei Lopes.
Mais que a troca de comando, os petistas de Santa Maria apostam no ato desta sabatina como o precursor de grande mobilização para o retorno da sigla à prefeitura. A ver.
Em tempo: na região, ao que se sabe, não haverá mudança e a coordenação continuará a ser exercida pelo militante Paulo Conceição.
DECEPÇÃO
A maioria dos políticos, inclusive adversários, admite que é “grande tacada” eleitoral a união de históricos adversários, como Valdeci Oliveira e José Farret. Mas o ex-prefeito pelo PP coleciona também manifestações de decepção. Não são muitas, mas certamente significativas. E vêm da Esquerda (menos) à Direita (mais), com alguma carga de emoção, justamente pelo que significam as figuras em questão.
DECEPÇÃO II
Umas dessas manifestações, que não esconde a admiração por Farret e a desilusão com a união, vem de Gilsione Caurio, ex-dirigente do PP e sobrinho do ex-prefeito: “não contem com meu voto. É muito triste dizer isto, afinal tenho ligações familiares com o pré-candidato a vice-prefeito. Que aliás tem todo o meu respeito, mas essa aliança é a pior que poderia acontecer. É o fim da política pra mim.”
NO COMANDO
Com a saída forçada dos ex-mandatários, líderes estaduais do União Brasil confirmaram os nomes dos integrantes da Executiva Provisória da sigla na cidade. Como já se sabia, foi oficializado na presidência o ex-pedetista Marcelo Bisogno, com José Farret de vice. Entre outros, também está na direção uma “sobrevivente” do antigo UB. No caso, a ex-vereadora Cida Brizola, secretária geral adjunta.
CIUMEIRA
Houve quem ficasse, creia, enciumado com o destaque dado pela coluna, semana passada, ao vereador Pablo Pacheco, aqui denominado de “olheiro” da administração. Imagina como reagiriam se, como o repórter apurou, algumas denúncias feitas por outros edis também tiveram o “dedo” do parlamentar do PP, que não pretendia ser monopolista das críticas? Sim, pois isso também se soube, no Legislativo.
PARA FECHAR!
Edis, boa parte deles, adoram nacionalizar moções. A importância é zero, como esse espaço não cansa de afirmar. Nesse contexto, não deixa de ser irônico que 12 deles aprovaram uma em favor da CPI que investigaria o 8 de janeiro. Supunham que fosse terminar ruim para o governo Lula.
Será que manteriam o apoio se soubessem que seria indiciado um bocado de graúdos do passado, inclusive o ex-presidente?
