Claudemir Pereira

Pablo Pacheco, “olheiro” da administração pública?

Pablo Pacheco, “olheiro” da administração pública?

Foto: reprodução

Há que se ter paciência. E até certa resiliência. E olhar atento, apurado mesmo para as publicações dos Diários Oficiais, sejam eles do Estado, União ou mesmo da Assembleia. Ah, e tem a aba dos editais da prefeitura. Está tudinho num desses três ou quatro instrumentos públicos.

 
Pois bem, o escriba conhece jornalistas que são muito bons nesse negócio. Aqui na casa mesmo tem. Agora, se você combinar tudo o que leu acima com o fato de ser especialista em licitações e contratos públicos, encontrará certamente do outro lado o vereador Pablo Pacheco, do PP.

 
As constantes cobranças e alertas emitidos pelo parlamentar, referentes aos atos da prefeitura lhe renderam até um apelido: “olheiro” da administração pública. Na verdade, ele até já fazia isso antes mesmo virar vereador, já que é formado em Administração (pela UFSM) e se envolve desde antanho com processos licitatórios. Por isso, a familiaridade com sites, portais correlatos à coisa pública e várias outras publicações oficiais.

 
Sob esse aspecto, afora o medo (sim, tem disso), há o respeito ao pepista que concilia informação e denúncia com embasamento. Não é por acaso que, por bisbilhoteiro (no melhor sentido), acabou furando a própria mídia em algumas ocasiões. Exemplos? Licitações (ora postergadas, ora desertas) da coleta do lixo e o limite prudencial excedido da folha de pagamento do município, no primeiro semestre.

Sim, a coluna está elogiando o edil (sem ciúmes, por favor). Mas é apenas reflexo do que ocorre no próprio parlamento. Aliás, confira dois exemplos em que o respeito impera:

 
1) O líder do governo, Alexandre Vargas, entre outras atribuições, atenta às falas de Pablo Pacheco para avaliar, de fato, o que vale ou não responder na hora;
2) O presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Werner Rempel, oposição de esquerda, ideologia a parte, faz sempre questão de prestigiar o pepista como relator dos projetos que passam pelo colegiado, a começar pelo Orçamento Municipal.
Em tempo: Pacheco já deixou claro que não concorre à reeleição e sairá da Câmara ao final de seu primeiro mandato. O que é uma pena.


LUNETA

CORREDORES

Se dependesse do zunzum dos corredores do Palacete da SUCV, pelo menos um terço dos vereadores aproveitaria a janela da traição, em março do próximo ano. Até pode acontecer, obviamente. Há casos em que a própria sobrevivência eleitoral estaria em jogo. No entanto, ao que se sabe, não há caso de parlamentar municipal da boca do monte disposto ao suicídio político. Pelo menos não conscientemente.


TEMPLO?

De lugar para debates político-administrativos, o plenário da Câmara de Vereadores, aos poucos, está se transformando numa espécie de templo religioso, quase num desafio ao princípio do estado laico. Para ficar apenas nos fatos recentes, e sem considerar o dia disso ou daquilo, como iniciativa dos parlamentares, tem-se uma situação ocorrida e outra que ainda poderá (ou deverá) acontecer em seguida.

TEMPLO? (II)

Na noite de segunda-feira, com anuência da Comissão de Educação, o plenário da Câmara recebeu o “Ato Solene de Fé às Religiões de Matriz Africana”, com a presença das edis Helen Cabral e Luci Duartes. Agora, legitimamente, Alexandre Vargas estaria pleiteando o mesmo local para evento evangélico alusivo à reforma protestante, com participação de vários bispos, no início de novembro. Pooois é.

SÓ CINCO

Partidos menores avaliam possibilidades de ter concorrentes majoritários. Sem troco para campanha em condição sequer semelhante aos médios e grandões, a tendência é “não gastar” pólvora com nomes que, disputando vaga à Câmara, podem ao menos ajudar na tentativa de chegar ao quociente eleitoral a obter uma cadeira. Por essas e outras é que os candidatos à prefeitura dificilmente serão mais de cinco.


PARA FECHAR!

A menos de três meses de terminar o ano, e com 2024 cada vez mais perto da esquina, começa a bater o nervosismo nos partidos políticos. Os grandões veem e adiantam suas estratégias. Já os médios e pequenos se viram como podem, para pelo menos ter uma nominata mínima visando concorrer à Câmara e se acomodar no apoio a alguma candidatura majoritária. Esses, inclusive, pensam mais em 2025, meeesmo.

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