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Uma missão de vida

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A figura do servidor público, no Brasil, teve origem em 1808, diante da necessidade de promover o desenvolvimento da então colônia, com a instalação da família real portuguesa no Rio de Janeiro. Ao longo da história política do país, os então chamados funcionários públicos sempre estiveram presentes, ajudando a administrar a máquina que impulsiona o desenvolvimento da nação. Compete aos trabalhadores da administração pública executar as ações básicas e essenciais de que necessitam os cidadãos em suas relações com o Estado Brasileiro.

Não há dúvidas de que a prestação dos serviços públicos é das mais importantes atividades de uma comunidade, de uma sociedade ou de uma nação. Nenhum país, Estado ou município funciona sem seu quadro de profissionais, responsáveis pelos diversos serviços colocados à disposição do cidadão. Não podemos nem imaginar o nosso país sem as atuações públicas dos professores, médicos, bombeiros, policiais, enfermeiros, juízes, guardas, fiscais, militares, procuradores, defensores e de tantos outros profissionais que movimentam a estrutura administrativa para atender à população.

Por outro lado, não é raro ouvirmos, principalmente de políticos, que a causa das reclamações dos cidadãos da falta de eficiência da administração pública seria por culpa de seus servidores, assim como, que a máquina estatal seria mais eficiente se cortassem privilégios e os altos salários dos mesmos. Ocorre que o cargo máximo do executivo é ocupado por político eleito pelo voto popular que, quando assume tal função, traz consigo a própria equipe composta por pessoas alinhadas com suas ideias que, na sua grande maioria, não conhecem a gestão pública.

Não que isso seja errado, até porque o gestor que está à frente do executivo foi eleito pelo voto popular e, em decorrência disso, tem respaldo para escolher suas equipes e suas prioridades. No entanto, é preciso ter claro que a administração pública não iniciou no dia da posse do gestor, há uma história de anos de trabalho que precisa ser considerada.

Todavia, com a alternância de poder a cada quatro anos como ocorre com o Estado do Rio Grande do Sul, muitos dos projetos têm solução de continuidade e o que era importante para um gestor foi totalmente esquecido pelo seu sucessor. Quem sofre com as alternâncias de prioridades é a população, assim como os servidores públicos, que são os destinatários das reclamações e insatisfações pelos serviços não prestados. É mais fácil para uma parte da classe política atribuir a culpa pela ineficiência da máquina pública a alguém que prestou concurso, do que tomar para si a responsabilidade que, de ofício, é sua. As constantes mudanças nas estruturas administrativas, com a extinção e criação de ministérios e secretarias, não apenas tumultua a organização interna como provoca sérios problemas na oferta da obrigação.

Apesar de tudo, os servidores públicos são os grandes responsáveis pela manutenção dos serviços prestados pelo Estado, em qualquer nível, independentemente de quem esteja na chefia. Quaisquer que sejam suas formações ou funções desempenhadas, conhecem seus papeis como agentes na construção de uma sociedade mais igualitária e justa.

Mesmo com dificuldades, sabem lidar com as diferenças e diversidades, nos contextos mais complexos e sob os mais diversos comandos, desempenhando suas atribuições com ética, responsabilidade e dedicação. Eles têm a consciência de que servir à comunidade é muito mais do que uma profissão, é uma missão de vida: cuidar de todos e do que é de todos.

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