Convidado pelo novo reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciano Schuch, o professor aposentado Celso Giacomini representará os interesses da UFSM em Brasília, onde mora há alguns anos. Na última sexta-feira, o Diário Oficial da União publicou a portaria de sua nomeação para "o cargo de direção de assessor do reitor", segundo anunciou, inicialmente, o blog Saúde pela Prática.
Professor e ex-diretor do Centro de Educação Física, Gicamoni sempre manteve laços com a UFSM e, agora, atuará nos assuntos que envolvem a Federal em Brasília. Em conversa com a coluna, Giacomini falou sobre a expectativa e as atividades que desempenhará como representante da universidade e os cortes no orçamento da educação, além de comentar sobre a política partidária.
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Diário de Santa Maria - Que tipo de atividade o senhor desempenhará em prol da UFSM em Brasília? Pode exemplificar.
Celso Giacomini - A UFSM é uma das grandes universidades do interior do Brasil. Possui oito centros de ensino e duas escolas profissionalizantes que abrigam cursos das mais diversas áreas do conhecimento. As fontes de apoio e financiamento de projetos técnicos, científicos são dinâmicos e abundantes. A UFSM, historicamente, manteve em Brasília uma representação que tinha a função de acompanhar os diversos interesses institucionais aqui na Capital.
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Além desta função, atuarei, sempre com a concordância do reitor, na prospecção de nichos importantes e possíveis de liberação de recursos para projetos, existentes e novos de interesse da universidade, tanto a nível técnico quanto superior. Além destas, atuarei no âmbito de relação política no sentido de alavancar projetos mediante apoio de emendas parlamentares e da bancada gaúcha em prol da instituição.
Na semana vindoura, assim que o reitor Schuch retornar das férias, estaremos definindo as prioridades da universidade para 2022 e, assim, definiremos a linha de minha atuação, especialmente, em função destas prioridades.
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Foto: Divulgação/
Celso Giacomini mora na Capital Federal e representará os interesses na UFSM em Brasília
Diário - O fato de ter atuado em cargos no governo federal, como o de secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, pode facilitar o trabalho na Capital Federal? O senhor está morando há muito tempo em Brasília?
Giacomini - O fato de ter atuado em diversas funções no Ministério dos Esportes me proporcionou conhecer com profundidade a sistemática de funcionamento destes órgãos de governo, o que me dá as condições para atuar, com segurança, nas ações que terei de desenvolver. Estou vivendo em Brasília desde agosto de 2016, tendo sido secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem e também secretário de Alto Rendimento.
Diário - Qual é o sentimento depois de ser professor e diretor de Centro, voltar a trabalhar para a UFSM?
Giacomini - A UFSM foi meu segundo lar durante 33 anos e sua criação acalentou o sonho de milhares de famílias que queriam ver seus filhos em um curso superior - me incluo aí. Portanto, voltar a atuar em prol desta importante instituição me enche de orgulho e, de público, deixo meu sincero agradecimento ao reitor Luciano Schuch pelo convite de ser seu assessor.
Diário - Como o senhor avalia os cortes que as universidades vêm sofrendo ao longo do tempo?
Giacomini - O crescimento de uma nação está diretamente ligado ao seu grau de desenvolvimento social e o investimento em educação deve atender às necessidades do ensino, pesquisa e extensão nas universidades, sem esquecer a valorização de professores e servidores. Estes investimentos devem ser prioridade, também, no Ensino Fundamental e Médio. Portanto, todo corte orçamentário é, por isso, indesejável.
Diário - O senhor se afastou em definitivo da política partidária (ele foi filiado ao MDB)? Está sem filiação?
Giacomini - Sim, estou sem filiação partidária desde 2008. Agora só apoiando candidatos que, acredito, possam melhorar a vida das pessoas.
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