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OPINIÃO: Saudades do Facebook e do WhatsApp

Bons tempos aqueles em que se trocavam mensagens, lembravam de aniversários, ofereciam alguma coisa para vender, conversas entre aqueles que estavam online. Várias funções se realizavam desde o simples entretenimento. Aqueles momentos em que compartilhávamos fotos, viagens, festas, e até para saber tudo sobre a vida de todos; seus momentos bons e os que não eram dos melhores. Enfim, todos conectados em um congraçamento virtual e planetário. Acabou. Pelo menos nesses dias que antecedem as eleições, parece que alteraram a finalidade desse moderno meio de comunicação social.

Nada mais se fala que não sejam fake news e, quando verdadeiras as informações, vêm sempre carregadas de ofensas pessoais de toda a ordem. Desapareceram as mensagens de outrora, tão inocentes, familiares, sociais e que, de certa forma, propiciavam um congraçamento saudável, no sentido de conciliação, concordância, conformidade, harmonia, e assim vinham esses dois recursos do mundo moderno contribuindo para a compreensão dos fatos e maior conhecimento das pessoas. Claro, havia exceções, porque sempre surgia alguém querendo se servir desse meio para ofender, causar mal a alguém, mas era exceção para confirmar a regra. Hoje não é mais assim.

Predomina a mentira, notícias falsas, ofensas. Às vezes, querem atingir determinada(s) pessoa(s); outras vezes querem disseminar inverdades para colocar seus seguidores em posição de insegurança ou, no mínimo, de dúvida. Chegam a falsificar e/ ou criar fatos inverídicos para provocar insegurança, medo, dúvida. Quase a totalidade das informações veiculadas por esses meios, nessa época eleitoral, tratam disso. Acabou a felicidade ingênua dos interlocutores; estamos todos submetidos às informações e compartilhamentos restritos a um só assunto: eleições, e no pior sentido.

Sim, porque se trocássemos informações úteis à democracia, como o encaminhamento de nossas angústias e precariedades, estaríamos elevando o Facebook e o WhatsApp a uma elevada utilidade em favor de todos. Não tem sido assim, e isso está modificando a nossa forma de pensar e até um comodismo em não buscar uma alternativa para evitar esse confronto, não de ideias, mas uma disputa para saber quem é mais criativo em ofender. Passadas as eleições, retornaremos ao passado? Voltaremos a ser como antes? Ou os ressentimentos abrirão chagas permanentes e nossos relacionamentos serão de outra forma? Veremos e aguardemos com curiosa expectativa.

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