Num supervestibular eleitoral, são 12 candidatos por vaga na Câmara

Num supervestibular eleitoral, são 12 candidatos por vaga na Câmara

Foto: Beto Albert (Diário)

No último levantamento disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral tem-se que 262 candidatos à Câmara de Vereadores foram inscritos pelos partidos. Deles, quatro foram considerados inaptos, seja por desistência ou por irregularidade na documentação. São, nesse caso, um candidato e duas candidatas do PSD e uma do PDT.

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Assim é que 258 santa-marienses querem uma cadeira no parlamento a partir de janeiro, inclusive 18 que já estão lá. Deixando de lado questões importantes, mas que não vêm ao caso neste momento, como quociente eleitoral, peso político de alguns partidos, condições econômicas de agremiações e concorrentes, o fato é que, grosseiramente, se pode falar num grande vestibular eleitoral. E a relação candidato vaga, arredondando, é de 12 por 1.

 
Isso é suficiente para entender algumas coisas feitas por candidatos, especialmente os novatos e que não têm ou tiveram função pública, para se fazer notar na multidão. E, de pronto, se pode afiançar: ter boas propostas é importante, mas não necessariamente é fundamental. E, sim, o contato corpo a corpo é absolutamente obrigatório. É sola de sapato puro, sem o que, nada feito. E aqui as exceções são tão raras que viram mero traço estatístico.

 
Nesse mundaréu de candidatos, o que é possível fazer para se diferenciar e, de inhapa, sonhar com votos suficientes para garantir vitória nas urnas? A seguir você tem exemplos de comportamento adotado (ou reiterado) por alguns concorrentes. Para não dar vantagem ou até levantar críticas desnecessárias, o colunista os lista a partir da ação feita, mesmo virtual, pelos seus próprios contatos. Não há crítica aqui, por favor, apenas constatação. 


Acompanhe:

  • No mínimo duas candidaturas fizeram grupos de WhatsApp e tacaram todos os seus contatos. Mesmo aqueles que não gostariam de participar, acabam ficando, ainda que eventualmente constrangidos. Funciona? Talvez.
  • No mínimo dois candidatos se utilizam de suas redes, como Whats, Instagram e Facebook, para fazer desfilar, nos chamados “stories”, dezenas de fotos a cada dia, supondo, claro, que seus seguidores vão ver tudinho.
  • Uma candidatura escolheu um horário fixo para mandar mensagens diárias no seu Whats. E é sempre mais ou menos coincidente com o número de seu partido.
  • Outro candidato, aproveitando-se do seu próprio número, resolveu fincar um algarismo entre os cinco totais. Foi um jeito de se fazer diferente.
  • Você que é um habitual “habitante” do Calçadão tem visto gente que nunca apareceu por lá; agora está por ali todo sorridente. Sim, é candidato (a).
  • Para não cansar, um último tópico: supostos influenciadores (este colunista, há quem ache, seria um) começam a ser seguidos no Instagram e solicitados à amizade no Facebook. Assim, do nada, dezenas de novos “amigos” se apresentam.

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