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OPINIÃO: Que governante nós queremos?

Está se aproximando a data das convenções partidárias que indicarão os candidatos para os mais variados cargos políticos: Presidente da República, governadores, senadores, deputados estaduais e federais. Logo começará a campanha eleitoral, pelo menos a oficial porque a não prevista em lei já começou, faz tempo.

Nesse tempo em que eles têm se apresentado, naquilo que designaram chamar de "sabatina" dos candidatos, tem se observado uma variedade de comportamentos, tantos são os postulantes aos cargos do executivo, pelo menos. Alguns deles têm apresentado um comportamento não condizente ao postulante de cargos tão importantes. Um deles tem se apresentado, seguidamente, destemperado, agressivo e contrariado quando se lhe opõem opiniões ou críticas.

Há pouco, retirou-se de um evento para o qual fora convidado porque contrariado. Outro ameaça não comparecer aos debates, certamente para não ouvir o que lhe desagrada. Para ser um candidato, e depois um mandatário eleito, é preciso, antes, ser vocacionado para a função pública dessa importância. Um dos principais requisitos para atender às qualidades inerentes ao cargo é saber ouvir, aceitar contrariedades, conformar-se e aceitar que nem todos pensem como ele. Há que ter habilidade para enfrentar adversidades. Faz parte da democracia o respeito aos contrários.

Entretanto, muitos não agem assim. Pensam que são os donos definitivos das ideias e das posições. Expressam seus programas, quando expressam, sem o devido contraditório. Para escolher um candidato precisamos nos identificar com os seus propósitos; saber, com clareza, se adotam posições mais conservadoras.

Mais liberais, mais progressistas mas, especialmente que digam, sem rodeios, o que pretendem fazer para arranjar receitas suficientes. Não basta afirmar que são contra o desmonte do Estado e eventuais privatizações. É preciso indicar a fonte de recursos para fazer frente, por exemplo, ao aumento absurdo da dívida pública. Não há milagre. Ou se declara a solução que todos esperam, ou mentirão na fase pré-eleitoral.

A solução para todos os males parece que é texto comum a todas as cartilhas. Entretanto, o que precisamos é de solução definitiva, mesmo que o pretendente desagrade a alguns que gostam de ser enganados.

Ouvir a realidade nua e crua pode parecer rejeição do candidato, mas, lembrem, candidatos não existem para só mostrar o paraíso e, depois de eleitos, apresentarem o inferno. Precisamos mudar nosso comportamento para começar a alterar o comportamento dos políticos e, assim, alcançar o bem comum que a maioria deseja.

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