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OPINIÃO: Paternalismo não, empreendedorismo, sim

Em busca pelo o que fazer para transformar uma sociedade com mais atitudes empreendedoras, deparei com um problema. E qual seria esse problema? O que temos que evitar? Achei a resposta, apesar de não achar que isso acabe com a discussão de como "ter" uma sociedade mais empreendedora.

O paternalismo nas atitudes e nas ações. Em mais de 25 anos estudando empresas, finanças e desenvolvimento econômico, sempre me preocupei em buscar as explicações para entender o empreendedorismo. Pela complexidade do tema existem várias teorias, no entanto, considero que a mais explicativa sobre o que fazer para ser empreendedor, é a "Schumpeteriana".

Oriunda do pesquisador Schumpeter, que foi um economista e cientista político austríaco. É considerado um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX e foi um dos primeiros a considerar as inovações tecnológicas como motor do desenvolvimento capitalista.

A sua teoria é bem simples e vai direto ao assunto no que se deve fazer para se "ter" uma atitude empreendedora, são elas: que, em determinado período, existam novas e mais vantajosas possibilidades do ponto de vista econômico privado, na indústria ou num ramo da indústria; que haja acesso limitado a tais possibilidades, seja em razão das qualificações pessoais necessárias, seja por causa de circunstâncias exteriores; que a situação econômica permita o cálculo de custos e um planejamento razoavelmente confiável, isto é, que haja uma situação de equilíbrio econômico.

Acima, então, as três condições básicas em um modelo privado de desenvolver o empreendedorismo. O autor deixa bem claro que o propósito do empreendedorismo reside no meio privado. Portanto, o público apenas corrobora para auxiliar essas ações. O determinismo da ação se encontra no lado privado. Sendo assim, temos que preparar a nossa sociedade e nossos jovens para que aprendam a cultura do empreendedorismo.

Outro destaque é que todo empreendedor deve ser capaz de se desenvolver como tal, e que essa força deve ser "endógena" no sistema institucional. Isto é, a tal cultura da inovação e do empreendedorismo. Uma força centrífuga no ciclo dos negócios. E assim, sem o "paternalismo", ou seja, o que de fato temos que ter são atitudes que rompem o sistema. Uma quebra de paradigma para desenvolver novos produtos, serviços e etc. Temos que criar, inovar e planejar. Para tanto, temos que mudar muitas coisas. A começar pela mudança institucional do nosso Estado,e de todas demais instituições que fazem parte deste cenário.

Sendo assim, a educação é importante. O financiamento dessas novas atitudes também. E, principalmente, o planejamento, carregado de bons critérios técnicos. O "achismo" e o "paternalismo" estão fora deste contexto.

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