
A greve dos caminhoneiros nos faz refletir mais profundamente sobre a situação atual do Brasil.
Esta greve foi justa, pacífica, ordeira, organizada, sem vandalismo e sem participação de partidos políticos, e fundamentalmente muito importantes para mostrar a todos os brasileiros a capacidade de mobilização da população. Aconteceu uma série de erros estratégicos dos últimos governos que levaram a uma situação caótica no transporte e na política energética.
Concentramos todos os esforços para o transporte de carga por caminhões. Contrariando todos os modelos internacionais, que dão maior atenção ao transporte ferroviário, mais barato e eficiente, ou ao transporte fluvial, mais barato ainda, onde se tem condições favoráveis como no Brasil.
Nos últimos governos, houve incentivo à compra de caminhões novos, acima do crescimento do volume de cargas para esse mesmo mercado. Com isto, caíram os valores dos fretes e sua rentabilidade e esses caminhões foram comprados com juros de mercado (altos) e prazos inadequados. E o custo do óleo diesel acompanhando o mercado internacional. Fica difícil entender.
Aqui começa "nem tanto ao céu, nem tanto à terra". Bom senso. Quebraram a Petrobras para ganhar as eleições com corrupção e preços manipulados e o governo atual só olhando para o mercado, com aumentos diários inadmissíveis para o consumidor. Dois incompetentes. A solução encontrada de subsídios também não é viável. Nós vamos pagar o custo. Temos uma grande produção de petróleo, quase a autossuficiência. Mas, segundo os engenheiros da Petrobras, refinando apenas 60% da capacidade instalada, e exportando petróleo bruto com baixo valor e importando gasolina e óleo diesel com valores maiores.
Deveríamos calcular o custo de produção dos combustíveis e aí, sim, estabelecer uma política de preços, com reajustes mensais reais, tanto para cima como para baixo. Não podemos negar que esta greve se prolongou mais do que deveria, e está perdendo a simpatia da população. Até porque passou a ser um movimento político e não reivindicatório. Além de estar prejudicando grande parte da população e da área produtiva de todos os portes.
O alerta foi importante, mas o exagero já pode ser detectado. Muitos outros interesses estão em jogo. A Democracia precisa ser preservada. Precisamos de eleições limpas e honestas em outubro. Com votos conscientes e responsáveis.
Não queremos intervenção militar. Não é hora no Brasil nem no mundo.
Precisamos, sim, que eles sejam os defensores da Democracia e guardiões da Constituição. Como estão fazendo. Talvez seja hoje, a instituição mais respeitada pelo cidadão brasileiro.
Visto o descrédito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Que o Exército nos proteja, mas sem intervenção militar.