O trabalho dignifica o homem, mas também pode escravizá-lo. Em tese, trabalhamos para viver e não vivemos para trabalhar. É triste pensar que essa realidade não funciona para um bom número de pessoas.
Pessoas que apenas se envolvem com o trabalho deixando de lado à família, o lazer, as amizades, o descanso, a saúde, etc, são chamadas de Workaholic.
Os Workaholics são pessoas que dão prioridade ao trabalho acima de qualquer outra coisa. Não conseguem tirar férias e até ficam incomodados quando isso acontece, sofrem de ansiedade extrema e estão sempre ligados na tomada.
Os viciados em trabalho não são bons maridos ou esposas e nem bons pais, pela falta de envolvimento afetivo. São bons provedores e, quando são confrontados pela falta de afeto e atenção, apelam dizendo que justamente trabalham bastante para que não falte nada. Não entendem que presença física e entrega é tão ou mais necessária que os bens materiais.
Esse casamento patológico do indivíduo com o seu trabalho acarreta um desequilíbrio de forças e energias, criando lacunas que nem sempre podem ser reparadas.
Fiquem atentos se vocês estiverem indo por esse caminho:
- Têm necessidade de ficar mais horas no trabalho sem necessidade.
- Levam trabalho para casa sem precisar.
- Cabulam consultas e outros compromissos com a saúde para dedicar-se a questões relativas ao trabalho.
- Perdem apresentações, reuniões e outras atividades dos filhos na escola por causa dos compromissos no trabalho.
- Suspendem, transferem ou simplesmente esquecem de datas e combinações com o cônjuge, por outros compromissos ou viagens de trabalho.
- Chegam sempre tarde em casa.
- Não fazem as refeições junto com a família, geralmente ficam na empresa a base de lanches ou cabulam refeições. Etc.
Por detrás desse desequilíbrio existe um quadro sem dúvida depressivo, alicerçado em questões emocionais bem importantes, ligadas à falta de autoestima e valores de vida, muitas vezes distorcidos.
Trabalhar é bom, ganhar dinheiro honestamente é bom. Quando temos que sacrificar alguma coisa para fazer o que deveria ser naturalmente prazeroso e 'parte' do que fazemos no nosso dia a dia acaba sendo na verdade quase o 'tudo' do que fazemos, algo está errado. Tudo na vida tem que ter equilíbrio. Devemos ter interesses diversificados para que o stress não nos pegue, para que possamos atender todas as necessidades que se criam em nossa volta, principalmente quando temos família.
Temos que aprender a relaxar, a curtir a vida, encontrando tempo para aquilo que nos tira da rotina, descobrindo novas habilidades, hobby, ou ficarmos sem fazer absolutamente nada, porque merecemos descansar.
A VIDA PASSA RÁPIDO E CAIXÃO NÃO TEM GAVETA!