vida e saúde

Até breve...


Há mais ou menos um ano fui gentilmente convidada para me aventurar na escrita de textos para o jornal online do Diário de Santa Maria. O termo 'aventura' foi usado por mim para resumir minha primeira escrita e a experiência que eu imaginava que viria pela frente. Eu estava certa. Este ano de produção foi uma aventura e tanto, cheia de desafios e alegrias.

O convite inicial era para que eu falasse a partir da clínica psicanalítica de crianças e adolescentes, e ao longo do tempo fui me permitindo afetar pelas situações e vivências experimentadas na clínica e claro, no campo social que estamos inseridos. Escrever é uma das formas de arte que mais me encanta, pois independente do estilo, do momento ou do que se escreve você sempre poderá ter um pouquinho do escritor naquelas linhas, rimas e versos. E nesse quesito, as palavras nos denunciam por completo. 

Pensando nisso é que decidi escrever a coluna de hoje sobre algo que acompanho todos os dias em meu consultório e que agora também se tornará parte de mim. Estou falando da maternidade. Confesso que ainda é difícil escrever sobre isso e hoje escolhi falar mais especificamente o que as pessoas costumam falar sobre isso quando se deparam com uma gestante. 

Disparado na frente, a expressão que mais escuto é "te prepara". Ora com um tom negativo, do tipo "te prepara para não dormir, te prepara para uma vida de preocupações, te prepara para perder tua individualidade", ora com um tom positivo: "te prepara que essa é a experiência mais incrível que tu viverás". Pois bem, percebe-se que o que tem marcado a gestação, os comentários alheios, achismos, conselhos e desconfio que marcará também a maternidade será a eterna contradição. 

Ficamos ansiosos para que a gravidez aconteça, mas ao ver a confirmação disso no teste de farmácia um susto e medo nos tomam por completo. A alegria de sentir os primeiros movimentos do bebê chegam de braços dados com uma estranheza em sentir algo completamente inédito. O crescimento da barriga nos encanta ao mesmo tempo que que traz também desconfianças frente ao próprio corpo e à autoestima. A lista de contradições só aumenta na medida em que o tempo passa e depois se estenderá no que se refere à educação da criança. O fato é que embarcar nessa viagem chamada gestação/maternidade é uma aventura das grandes, que exige uma boa dose de coragem, amparo profissional e acalento daqueles que nos amam e amam também o bebê que está por vir. 

No que se refere à aventura da escrita, terei que fazer uma pequena parada. Desço na próxima estação chamada Ana Amélia e lá ficarei por um tempo, imersa em um mundo novo, vivendo tantas coisas ainda nunca vividas. Durante esse período conciliar a escrita para o jornal será uma tarefa quase impossível e por isso hoje preciso dizer "até breve, caros leitores". Em breve tomo o trem da escrita novamente, e com toda certeza muitas aventuras virão pela frente!

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