vida e saúde

Hakuna Matata: o que o Rei Leão nos ensina?


Vivemos tempos em que a modalidade de live-action está em alta. O cinema cada vez mais tem nos presenteado com versões das animações onde os personagens são pessoas reais assim como nós. Esse ano a Disney lançou Aladdin e mais recentemente O Rei Leão, fazendo com que crianças, adolescentes e adultos nostálgicos lotassem as salas de cinema. Eu não fugi à regra e também marquei presença, mas desta vez pude olhar com outros olhos o universo que tanto me encantou na infância.  

Os limites e a vida

Não é novidade para ninguém que as histórias infantis, das mais clássicas, como Os Três Porquinhos e Chapeuzinho Vermelho, até as mais modernas, como Frozen e Moana, transmitem algo muito especial sobre as tramas infantis e a vida e, justamente por esse motivo, fascinam os pequenos e os grandões.

Ao assistir Rei Leão percebemos o quanto o roteiro do filme vai nos mostrando, de uma forma leve e ao mesmo tempo emocionante, como é o caminho da vida. Ou, para usar as palavras do filme, o ciclo da vida. Simba é um jovem leãozinho, que durante sua infância, é preparado por seu pai Mufasa para assumir o lugar de Rei. O pai de Simba lhe transmite os valores de um verdadeiro Rei, lhe indica os caminhos a seguir e lhe orienta sobre os perigos os quais ele deve evitar.

Porém, Simba está crescendo, e assim como todos nós, ele precisa avançar os limites impostos pela família. Simba aventura-se ao desconhecido, se encrenca com as hienas e se vê ainda indefeso, necessitando da proteção paterna. Contudo, os desafios da vida se avizinham mais intensamente quando Simba perde seu pai, após uma armadilha feito por seu tio Scar. Vemos um Simba assustado que deixa sua família e nega sua história e sua linhagem. Simba torna-se um adolescente.

Essa é a parte do filme que todos adoramos: Simba encontra Timão e Pumba, um javali e um suricato que o aconselham a colocar o traseiro no passado e apenas aproveitar a vida: Hakuna Matata! E afinal de contas é essa mesma a imagem que temos de nossos adolescentes. Eles não querem saber de sua família ou do que aprenderam em suas casas (Simba para até mesmo de caçar como os leões), adotam costumes e gírias do grupo de amigos e acima de tudo, se divertem e não se preocupam com nada ("os seus problemas você deve esquecer, isso é viver!").

Isso é o que todos dizem sobre a adolescência, mas tal discurso não passa de uma ilusão. Os conflitos dessa época, o medo de crescer, as mudanças corporais (Simba até ganhou uma juba), o luto da infância e os amores que se aproximam, permeiam um momento cheio de incertezas. Com Simba não é diferente. Ao ser convocado por Nala, sua amiga e seu amor, o jovem leão retorna para sua casa e porque não dizer para sua própria vida.

É interessante perceber que Simba assume uma postura adulta para resolver seus próprios problemas unindo aquilo que lhe foi transmitido por sua família e também as forças que seus amigos lhe proporcionaram. Timão e Pumba são seus companheiros para enfrentar as hienas e o tio Scar. Assim é o ciclo da vida, para Simba e também para nós. Chegamos à idade adulta transformados por uma adolescência rica em experiências, mas também guardamos a transmissão dos valores e dos caminhos que nossa família pode nos dar e ensinar.

O Rei Leão nos ensina a potência dos laços familiares e de amizade e o quanto construímos com eles. Somente é possível que consigamos enfrentar a vida adulta e suas exigências com a bússola que nossos pais nos forneceram na infância. E quando as situações se apresentarem muito difíceis, nossos amigos estarão ao lado para que nunca nos esqueçamos: de vez em quando...Hakuna Matata!


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