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Mais de 20 anos depois, Donkey Kong Country está de volta no Nintendo Switch


Já fazem vinte e quatro anos. Mais de duas décadas. Foi em 1994 que uma desenvolvedora talentosa de jogos eletrônicos do Reino Unido ganhou uma chance imperdível de provar o seu valor para uma das mais famosas e bem sucedidas empresas do mercado de videogames do mundo inteiro: a Nintendo.

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Coube a Rareware a desafiadora tarefa de dar cor e identidade para aquela que veio a ser uma das maiores franquias da Nintendo de todos os tempos. E, bem, você sabe. Trata-se de Donkey Kong Country.


A icônica franquia está de volta, com gráficos da nova geração e em todo seu esplendor

Esbanjando beleza com os até então inéditos gráficos em 3D pré-renderizados, a direção artística da franquia do macacão mais camarada dos videogames despertou ciúmes até mesmo no legendário Shigeru Miyamoto (história para outro momento), e finalizou sua jornada no Super Nintendo com uma trilogia inesquecível, elogiada até hoje por seu esmero.


Sucesso do Super Nintendo, os jogos da série são lembrados com muito carinho até hoje

Do vindouro ano de 1996 até o não tão longínquo 2010, foram 14 anos de um descanso ensurdecedor para a franquia Country. Quer dizer, a Nintendo até lançou um ou outro jogo estrelado por Donkey Kong e seus amigos, mas eram spin-offs, e nada tinham a ver com a trilogia que outrora havia sido desenvolvida com tanto êxito pelo agora estúdio pertencente a Microsoft (que comprou a Rare em 2002). Mas, aí, como uma fênix que renasce das cinzas, a Retro Studios (responsável pelo renascimento da franquia Metroid, com a trilogia Prime, e conhecida como a sucessora espiritual do que um dia foi a Rare) colocou fim no vácuo dos simpáticos macacos, produzindo o consagrado Donkey Kong Country Returns, lançado no final de 2010 para o Nintendo Wii.

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O resgate de uma franquia icônica

Depois do sucesso de críticas e vendas, o caminho mais natural para a franquia Country seria uma sequência, e que melhor plataforma para isso acontecer do que o sucessor do Nintendo Wii? E assim o foi! Pronto desde 2013, Donkey Kong Country: Tropical Freeze foi lançado em fevereiro de 2014 para o Nintendo Wii U.

O título, na época, recebeu avaliações positivas da crítica especializada, obtendo uma honrosa nota 83 (ante 87 de seu antecessor) no site agregador de notas Metacritic. O pequeno número de utilizadores do Wii U (que no momento do lançamento de Tropical Freeze contava com pouco mais de três milhões e quinhentos mil usuários), no entanto, fez com que este fosse o jogo com o mais baixo número de vendas da franquia Country, obtendo, assim, uma visibilidade muito inferior de público quando comparado com todos os demais títulos da série. Uma grande injustiça. E foi provavelmente pensando por este ângulo que a Nintendo anunciou um port da obra para o seu mais novo sucesso: o Nintendo Switch.


Uma obra-prima

O título é uma aula de level design, com cenários estonteantes e criativos, a exemplo do nível "Horn Top Hop", onde a estação de outono é tão orgânica, que os primatas podem(e devem) pular sob folhas secas que flutuam enquanto caem das árvores que abrilhantam o background da fase, tudo em alta definição.

A trilha sonora, então, é um brilho à parte. Com o retorno do aclamado David Wise (o compositor por trás da trilogia Country do Super Nintendo), a organicidade das fases ganhou novo tom e capricho, em um trabalho de áudio tão primoroso que efetiva uma imersão ainda maior de acordo com a mensagem que cada floresta, vilarejo, montanhas e fases aquáticas querem passar ao jogador. E por falar em cenários aquáticos, eles tiveram o seu retorno triunfal em Tropical Freeze (que haviam ficado de fora em Returns). Alia-se a isso novas perspectivas de câmera, apresentando diferentes ângulos de partes de um cenário, que puderam ser explorados com a adição de dois novos kongs: a já conhecida e amada Dixie e a estreia (em formato jogável) do resmungão e rabugento Cranky Kong.


Todos estes pontos (e vários outros) conferem à Tropical Freeze um valor à altura da trilogia original do Super Nintendo, de modo que a expectativa em assistir a chegada dessa macacada carismática ao Switch é uma ótima terapia para todo aquele jogador que passou horas e mais horas de sua infância e adolescência se divertindo com estes carismáticos macaquinhos. É, também, um balsamo para uma indústria cada vez mais saturada com jogos de tiro, bordados em violência, já que resgata tudo aquilo que os videogames sempre representaram: alegria e diversão descompromissada.

Até a próxima!

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