VÍDEO: pesquisa vai indicar quantos gaúchos são infectados pelo coronavírus

Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) vão coordenar um estudo, a partir da semana que vem, que informará dados inéditos sobre a incidência de coronavírus na população gaúcha. Em parceria com o governo do Estado e com outras instituições, a pesquisa vai aplicar, no total, 18 mil testes rápidos da doença (em que o resultado sai em minutos) junto de questionários sócio-demográficos. A pesquisa terá atuação em oito regiões do Estado, sendo Santa Maria uma delas. 

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A partir da semana que vem, o grupo já começa com uma rodada de 4,5 mil testes, 500 em cada município e 1 mil em Porto Alegre e na região metropolitana. O número de testes será repetido a cada duas semanas e deverá mostrar o quanto o coronavírus se espalha pela população, a porcentagem de gaúchos infectados pela doença e quantos têm covid-19 e não apresentam sintomas. No total, serão 4 mil testes e questionários aplicados em Santa Maria.  A pesquisa será feita por meio de visitas domiciliares e também poderá indicar a taxa de letalidade da doença.

- A gente sabe que a maioria dos casos de coronavírus, de 80% a 85%, apresentam sintomas leves ou nem apresentam sintomas. A sacada do estudo é que ele não será feito a partir de casos já tidos como suspeitos ou confirmados, e sim, em toda a população. Isso vai nos mostrar qual a porcentagem da população gaúcha infectada, a velocidade que a doença está se espalhando, a faixa etária, a cor da pele, a escolaridade das pessoas. Também saberemos os sintomas mais recorrentes se é febre, se é tosse ou dores no corpo, por exemplo - explica Pedro Curi Hallal, epidemiologista coordenador do estudo.

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O pesquisador, que também é integrante do comitê científico do Estado e reitor da UFpel, explica que os testes rápidos não têm uma validade perfeita, ou seja, possuem uma margem de erro para testes com resultados confirmados ou descartados. Porém, isso também será parte do estudo para que um algorítimo seja aplicado para ter um resultado sem equívocos:

- Se a pesquisa apontar que 10% da população têm coronavírus e o estudo detectar que o exame não aponta doença em 5% dos casos, saberemos que o percentual de pessoas com a doença será de 10% mais 5% - detalha o pesquisador. 

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Pedro deixa claro que ainda é preciso contato com as equipes que irão participar das aplicações no Estado e que todos envolvidos usarão equipamentos de proteção. Ele afirma que é possível que a UFpel busque parceria de outras universidades gaúchas, incluindo a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).