saúde pública

Situação da Casa de Saúde deve ser resolvida até terça, afirma diretor de Regulação

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Foto: Natalie Aires (Tempórea Comunicação)
Fachada do Hospital Casa de Saúde

A Casa de Saúde segue, pelo menos até terça-feira, sem ofertar o serviço de urgência e emergência com plantão presencial de traumato-ortopedia. Neste dia, está marcada uma reunião do Estado com a Casa de Saúde para resolver a situação. Conforme Eduardo Elsade, diretor de Regulação da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o serviço será retomado mediante "ajustes" do hospital. Em entrevista à CDN, Elsade também considerou a polêmica gerada com a suspensão do plantão "desnecessária".

Casa de Saúde suspende atendimentos de urgência e emergência em traumato-ortopedia

- Houve uma precipitação da irmã (Liliane, diretora da Casa de Saúde). Nunca conversei com ela, não a conheço pessoalmente. Mas garanto que vamos chegar em um consenso, com alguns ajustes que a Casa de Saúde tem que fazer, em relação a horários, quantitativos de atendimentos, melhorar algo na estrutura e ser um serviço resolutivo, dentro dos padrões do Assistir. Desde o início, estávamos propondo um aumento de recursos, então não vamos ter maiores problemas e vamos entrar em um acordo junto da prefeitura de Santa Maria. Até terça-feira, a gente resolve essa situação - declarou Elsade.

Estado e município alegam que suspensão de atendimento na Casa de Saúde não se justifica

Para a retomada do plantão presencial de traumato-ortopedia, a Casa de Saúde terá que se adequar a critérios do novo Programa Estadual de Incentivos Hospitalares, o Assistir. Para Elsade, os ajustes "não serão onerosos ao hospital".

CASA DE SAÚDE

Por enquanto, conforme a diretora da Casa de Saúde, Liliane Alves Pereira, em entrevista à CDN na manhã desta sexta-feira, a instituição segue apenas com o serviço ambulatorial, com agendamento prévio e via sistema de Regulação do Estado. Ou seja, o atendimento é para pacientes eletivos, não urgentes. O plantão presencial, de porta aberta, foi suspenso na quinta-feira, pois não foi autorizado e não está previsto no novo contrato entre a instituição e o Estado.

Na quinta-feira, em nota conjunta com o município, o Estado salientou que houve um aumento no incentivo mensal, que passou de R$ 40 mil para R$ 70 mil. Esse recurso, conforme Liliane, é justamente para o ambulatório, que segue em funcionamento, e não para o plantão presencial, que não foi contemplado.

Conforme a direção do hospital, o tema do plantão presencial é discutido com o Estado desde 11 de agosto.

OFÍCIO COMPROVA QUE ESTADO NÃO AUTORIZOU PLANTÃO PRESENCIAL

Na manhã desta sexta-feira, a Casa de Saúde divulgou um trecho de um ofício de setembro deste ano em que o governo do Estado não autoriza o funcionamento do plantão presencial de traumato-ortopedia. O ofício seria uma resposta à solicitação da Casa de Saúde para manter o serviço ativo. O plantão presencial da especialidade funcionava desde 2014 e atendia cerca de 1,1 mil pacientes por mês.

Sem atendimentos de traumato-ortopedia na Casa de Saúde, municípios esperam solução

No item 3 do ofício, o Estado afirma que "não caberia plantão especializado na porta de entrada em traumato-ortopedia, pois este tipo de serviço está atrelado ao TS porta de entrada do Hospital, o que não é o caso da Casa de Saúde".

- A Casa de Saúde não estava a contento para o formato do serviço aberto e então não poderíamos contempla-los com o plantão presencial de traumato-ortopedia - explicou Liliane.

PLANTÃO APENAS NO HUSM

Em Santa Maria, foi mantida, segundo a nota oficial do Estado, apenas a porta de entrada de urgência e emergência do Hospital Universitário (Husm). Ainda na quinta-feira, a instituição pediu oficialmente que o Estado reabra o plantão presencial da Casa de Saúde, pois não têm capacidade de absorver a demanda. O pronto-socorro do Husm está superlotado. Na quinta-feira, haviam 58 pacientes em um espaço que comporta 23. Com isso, mais de 30 pacientes aguardavam atendimento em macas nos corredores.

Com 35 pacientes em corredores, Husm teme colapso do pronto-socorro

"Quanto à cidade de Santa Maria, que conta com uma UPA 24h, após acolher os casos que ali chegam, havendo a necessidade de continuidade de assistência imediata, o encaminhamento continuará o mesmo, ou seja, casos de alta complexidade como fraturas expostas, por exemplo, seguem para o Husm; enquanto os casos de média complexidade continuam a ser encaminhados à Casa de Saúde de Santa Maria" diz a nota.

Na região, ainda há porta de entrada de urgência e emergência em Agudo, Cacequi, Faxinal do Soturno, Nova Palma, Restinga Seca, São Francisco de Assis, São Pedro do Sul, Santigo e Tupanciretã.

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