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Quem vai às manifestações, afinal, o que vai celebrar?

Maurício Araujo

Nesta terça-feira estão sendo chamadas manifestações contra e a favor do governo federal em Brasília e nas principais cidades do país. No entanto, nesta data simbólica que marca o aniversário de 199 da independência do país, há pouco o que se comemorar. Quem vai para as ruas, afinal, o que vai celebrar neste 7 de Setembro? O Produto Interno Bruto (PIB) recuou, a gasolina marca R$ 7 por litro nas bombas, o gás de cozinha superou os R$ 100, a energia elétrica está mais cara desde o dia 1º de setembro, quase 15 milhões de brasileiros estão sem emprego e o preço dos alimentos dispararam, sem contar o aumento da inflação que tem corroído o poder de compra da população.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estimula a participação da população, e se apropria do 7 de Setembro para fins políticos e próprios. A data cívica que deveria incluir a todos, independentemente de ideologias partidárias, é colocada como uma bengala bolsonarista para tentar projetar popularidade. Além do mais, os atos, insuflados pelo mandatário da nação, acontecem em meio a crises institucionais, políticas econômicas e sanitárias, e contam com a crescente tensão entre os poderes, especialmente relacionados aos ataques do próprio presidente a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Ainda na segunda-feira, Bolsonaro utilizou as redes sociais para chamar apoiadores às manifestações. Em Brasília, os hotéis estão praticamente lotados para os atos. Inclusive há santa-marienses em deslocamento à capital federal, afinal, a crise não é para todos.

EQUILÍBRIO

Com os ânimos exaltados, é sempre bom lembrar a necessidade de manter o equilíbrio e que as manifestações sejam ordeiras e pacíficas. Espera-se, também, que todo ato antidemocrático seja repudiado. No Dia da Independência, que os manifestantes façam o que se espera deles, defendam a democracia, pois não há mais espaço para retrocessos.

SANTA MARIA

Apesar de o palco principal dos movimentos estar montado em Brasília e nas capitais, Santa Maria também se prepara para receber as manifestações. Os atos pró-governo estão marcados para as 15h, no Largo da Locomotiva. Já os contrários ao governo irão protestar às 14h na Praça Saldanha Marinho.

Sempre é bom lembrar que apesar do avanço da vacinação, a pandemia não acabou e a variante Delta - ainda mais contagiosa que a cepa original - se dissemina pelo país. Então, quem for, além da responsabilidade democrática, que faça a utilização de máscaras.

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