na câmara

Moradores pedem apoio da Câmara contra despejo

Eduardo Tesch


Foto: Eduardo Tesch (Diário) /Com faixas e cartazes, famílias pediram ajuda, ontem, para não deixarem área da Rumo

Ocorreu, hoje, a primeira sessão da Câmara de Vereadores de Santa Maria após o segundo turno das eleições. Na oportunidade, foi aprovada uma comissão especial para tratar sobre a situação das famílias que vivem ao longo das margens da linha férrea. Os moradores desses locais estão sendo alvos de processos de reintegração de posse pela empresa Rumo, que detém a concessão da ferrovia.

A comissão especial será presidida pelo vereador Valdir Oliveira (PT). Admar Pozzobom (PSDB) ficou com a vice-presidência, e Marion Mortari (PSDB), com a relatoria.

Os processos se arrastam desde 2015, quando, na época, a América Latina Logística (ALL), hoje Rumo, moveu 207 processos na Justiça Federal de Santa Maria contra as famílias.

Portando faixas e cartazes, moradores dessas áreas lotaram o plenário da Câmara. Márcio da Silva, 36 anos, que mora no Bairro João Goulart, diz que está apreensivo com o futuro da família. Para ele, não há motivo para os processos.

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- Há 20 anos, eu moro lá. Por que preciso sair? Não tenho para onde ir. Estamos aqui buscando o apoio dos vereadores para chegarmos a uma solução sobre esse assunto. Estou preocupado - afirmou Silva.

Líder das famílias que protestaram na Câmara de Vereadores, Pablo Elizandro Rosa da Rocha, morador em uma área na Rua Silva Jardim, diz que a aprovação da comissão especial pelos vereadores foi muito importante para auxiliar os moradores, que, segundo ele, estão desassistidos.

- Foi um avanço para nós. Até a sessão de hoje (ontem), nós estávamos sem nada. Agora, já temos essa comissão. Realmente esperava uma posição dos vereadores. Afinal, daqui a dois anos, tem eleição de novo, e eles precisam mostrar um lado - ressaltou Rocha.

O QUE DIZ A RUMO

Em nota, a Rumo diz que ajuizou as ações de reintegração de posse em razão de sua obrigação legal e contratual de preservação da faixa de domínio da ferrovia. Ainda segundo a empresa, a companhia procura impedir ocupações irregulares para garantir a segurança da operação e, principalmente, das pessoas instaladas no que a empresa considera áreas de risco, devido à proximidade com a linha férrea. 

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