Dois prefeitos da região reduzem salário para investir no combate ao coronavírus

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Foto: Arlei Silveira (Prefeitura de Dilermando de Aguiar)

Pelos menos dois prefeitos da Região Central já assinaram decretos para destinar parte dos seus próprios salários ao combate do coronavírus. Tiago Gorski Lacerda (Progressistas), de Santiago, e José Claiton Sauzem Ilha (MDB), de Dilermando de Aguiar, vão repassar 20% do valor dos salários para a área da saúde.

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Além do desconto do próprio salário, Ilha também determinou a retenção de parte da folha de pagamento do vice-prefeito, e autorizou que agentes públicos de Dilermando de Aguiar também podem optar pela modalidade e doar qualquer percentual do salário. O desconto, porém, deve ser solicitado por requerimento.

Conforme o prefeito, os valores descontados serão automaticamente depositados na conta do Fundo Municipal de Amparo aos Atingidos pelo Covid-19 e servirão para auxiliar no financiamento de ações do poder público no enfrentamento à pandemia do coronavírus.

_ Com esse dinheiro, vamos priorizar a compra e doação de cestas básicas para auxílio aos moradores em situação de vulnerabilidade social, já que o orçamento da nossa assistência social é muito baixo. Podemos também comprar alguns equipamentos para a saúde com esse dinheiro _ explica Ilha. 

O governo municipal encaminhou, ainda, à presidência da Câmara Municipal de Vereadores, uma nota técnica solicitando aos vereadores a contribuição para o fundo, também doando 20% dos seus salários.

No município, não há hospital, apenas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, o prefeito cedeu o próprio gabinete para que sejam realizados atendimentos de pessoas com sintomas gripais. O hospital de referência para os moradores é em São Pedro do Sul, que fica a 10 quilômetros de Dilermando de Aguiar. Para os casos de coronavírus, a referência será Agudo. Até agora, há três casos de pessoas em isolamento domiciliar sendo monitorados na cidade.

SANTIAGO
De acordo com o decreto de Gorski, além dele, o vice, o procurador, o chefe de gabinete e secretários também podem doar até 20% do salário. Mesmo não se tratando de uma obrigação, ele destaque que todos assinaram um termo de doação de parte dos vencimentos. 

A medida tem, inicialmente, validade de dois meses. Mas Gorski adianta que, dada à gravidade, há a possibilidade de que o prazo seja postergado bem como o percentual aumentado. Com os descontos dos 13 servidores, haverá uma economia de R$ 60 mil neste período. O recurso será revertido integralmente para as demandas de saúde e de assistência social. 

*Colaborou Janaína Wille